A chuva intensa que se está a abater sobre o sul do país provocou esta segunda-feira inundações no Algarve. Em Quarteira, a subida da água deixou automóveis praticamente submersos e em Faro, a cidade mais atingida, a Proteção Civil registou perto de 60 ocorrências. Os distritos de Faro e Beja estão sob aviso laranja, o segundo mais grave na escala do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Esta manhã, a equipa de reportagem da RTP testemunhou os esforços dos comerciantes de Faro para retirarem a água acumulada no interior dos seus estabelecimentos.
As inundações ocorreram num curto espaço de tempo.
Pelas 11h00, haviam já sido registadas 59 ocorrências na capital de distrito causadas pela chuva intensa, que começou a cair a partir das 7h00. As inundações atingiram não só espaços comerciais, mas também garagens.
Ao todo, na região do Algarve, há registo de pelo menos 107 ocorrências.
Ouvido pela Antena 1, o comandante operacional distrital de Faro, Richard Marques, destacou duas situações de maior gravidade: o desabamento da fachada de um edifício devoluto em Faro e a queda de um raio num hotel em Montegordo, que provocou um incêndio.
Os distritos de Faro e Beja encontram-se esta segunda-feira sob aviso laranja devido à chuva forte.O aviso laranja aponta para um quadro meteorológico de risco moderado a elevado. O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que se verifica uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
A Proteção Civil recomenda a desobstrução de sistemas de escoamento, a fixação de estruturas soltas, particular atenção à circulação em zonas com árvores, pela possibilidade de queda e quebra de ramos, especial cuidado junto a zonas ribeirinhas, adoção de uma condução defensiva e não atravessar zonas inundadas.
A estrutura alertou, em comunicado, para a possibilidade de cheias por transbordo de cursos de água, deslizamentos de terras por “instabilidade de vertentes” que podem ser potenciados pelos efeitos de incêndios florestais, arrastamento para as estradas de objetos soltos, desprendimento de estruturas móveis e formação de lençóis de água.
O mau tempo em Beja e Faro deverá começar a perder força a partir das 15h00. O aviso para estes distritos passa então a amarelo - pelo menos até às 18h00.
O IPMA prevê para esta segunda-feira períodos de chuva ou aguaceiros, mais frequentes e intensos na região Sul, com possibilidade de ocorrência de trovoada e vento fraco a moderado - até 30 quilómetros por hora - do quadrante leste, sendo moderado a forte - 30 a 40 quilómetros por hora - do quadrante sul na região Sul até ao meio tarde, e nas terras altas, com rajadas de até 70 quilómetros por hora.
Durante a tarde deste domingo, a Proteção Civil já tinha emitido um aviso à população a alertar para o risco de inundações em zonas urbanas, cheias e deslizamentos de terras.
O mau tempo chegou em força ao Algarve. Em Quarteira já há relatos de lojas e caves inundadas e ruas submersas. Na rua Vasco da Gama, a força da chuva chegou mesmo a abater parte da estrada.
O período mais crítico de precipitação será entre as 00:00 e as 15:00 horas de segunda-feira nos distritos de Faro e Beja, onde podem ocorrer também fenómenos extremos de vento. Quanto às temperaturas gélidas que se temiam, não vão, para já, afetar o país.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os distritos de Faro, Beja e Setúbal sob aviso amarelo até segunda-feira por previsões de precipitação, vento e trovoada.
Faro é o distrito onde se esperam condições meteorológicas mais adversas, com aviso amarelo para precipitação e trovoada ativo entre as 18:00 deste domingo e as 15:00 de segunda-feira, e aviso amarelo para vento entre as 09:00 e as 18:00 de segunda-feira.
Esperam-se nestes intervalos “períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de rajadas fortes”, trovoadas “frequentes e dispersas” e vento “por vezes forte do quadrante sul, com rajadas até 70 km/h”.
No distrito de Setúbal vigora um aviso amarelo para precipitação entre as 03:00 e as 15:00 de segunda-feira, prevendo-se “períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoadas e rajadas fortes”.
Em Beja vigora também um aviso amarelo por precipitação para o mesmo período, prevendo-se condições meteorológicas semelhantes às do distrito de Setúbal.
A chuva forte prevista para este domingo, fez-se sentir na região do Algarve, com 62 ocorrências relacionadas com inundações na via pública, algumas quedas de árvores e de estruturas metálicas, informou o CDOS de Faro - Comando Distrital de Operações de Socorro ao Algarve Primeiro.
De acordo com a mesma fonte, de uma forma geral, a chuva forte caiu em toda a região, mas foram os concelhos de Faro e Olhão, aqueles que registaram maior número de ocorrências. Não há registo de habitações inundadas ou desalojados.
Encontram-se fechadas quatro barras marítimas e uma condicionada no Algarve, as barras de Tavira, Albufeira, Alvor e Lagos encontram-se fechadas a toda a navegação, enquanto a barra de Vila Real de Santo António está condicionada a embarcações inferiores a 10 metros.
O Algarve registou 42 ocorrências relacionadas com o mau tempo nas últimas 48 horas, sobretudo em Loulé e Portimão, a maioria sem gravidade, informou este domingo o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC) do Algarve.
Em comunicado, aquele organismo adianta que as ocorrências exigiram a intervenção de 186 operacionais, apoiados por 65 veículos dos diferentes serviços municipais e agentes de Proteção Civil, nomeadamente, os corpos de bombeiros.
O mau tempo, que assolou a região com maior incidência na madrugada e dia de Natal, afetou, sobretudo, os concelhos de Loulé (nove ocorrências) e Portimão (seis) embora tenha também afetado Albufeira, Aljezur, Faro, Lagoa, Lagos, Monchique, Olhão, Tavira e Vila do Bispo.
Todas as ocorrências -- causadas pela precipitação, por vezes forte, e pelos episódios de vento forte -, foram resolvidas pelo patamar municipal da proteção civil - sem necessidade de reforço regional, acrescenta o CREPC.
A maior parte das intervenções das forças de Proteção Civil na região ocorreram devido a situações de queda de árvores (16), movimentos de massa (duas), inundações (duas) e quedas de estruturas (nove).
Registaram-se, ainda, 11 desobstruções de vias rodoviárias, destacando-se o corte da Estrada Municipal 514 na Asseca, Ponte S. Domingos, na freguesia de Santa Maria e Santiago, concelho de Tavira, devido à subida da água.
Na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu um aviso à população devido às "condições meteorológicas adversas", com chuva, vento e agitação marítima durante o fim de semana natalício.
O nível de alerta especial devido ao mau tempo iniciou-se às 00:00 horas de sexta-feira e terminou às 23:59 horas de sábado.
A chuva intensa que se abateu durante esta madrugada e início da manhã, sobre Vila Real de Santo António, voltou a causar cheias em várias artérias da cidade.
Diversas ruas do centro histórico, da entrada oeste da cidade e na zona da Rua de Angola ficaram cobertas de água, que chegou a inundar algumas habitações e estabelecimentos comerciais, vias cortadas e carros imobilizados.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, as forças de segurança foram registadas 41 ocorrências de cheias ou inundações em Vila Real de Santo António, Monte Gordo e Altura, no concelho de Castro Marim.
Em declarações à agência Lusa, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro adiantou que às 07:00 a estação meteorológica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) registou, numa hora, 42,1 milímetros de precipitação na cidade.
De acordo com o CDOS, este é o único concelho da região onde os efeitos do mau tempo são mais visíveis, embora todas as ocorrências estejam já em resolução e não haja registo de vítimas ou de consequências mais graves.
“Quando há inundação de superfícies, o que apenas aconteceu em vias municipais, não havendo estradas nacionais afetadas, a água acaba por entrar em alguns edifícios. Mas, no geral, são pequenas inundações, sem grande expressão, com a água a chegar a um palmo, um palmo e meio”, precisou.
Entretanto, a tendência é de desagravamento do mau tempo, o que está a ajudar os bombeiros e proteção civil municipal nas operações de retirada da água, que envolviam, às 11:00, 13 veículos e 28 operacionais destas forças, mas também da PSP e GNR, acrescentou a mesma fonte.
“Choveu muito, houve muita trovoada, mas isto também está assim por causa do muito lixo que há no chão e que entupiu as sarjetas”, lamentou à Lusa Luís Castro, um morador de uma das zonas afetadas, que tentava limpar as sarjetas próximas dos resíduos que impediam a água de escoar.
Sónia Miranda, uma moradora da rua de Angola disse à Lusa que em frente ao número 7 “os carros estavam também quase com a água na porta” e os “proprietários e trabalhadores de um ginásio e de uma academia de dança retiravam água do interior com vassouras”.
Por toda a cidade é visível a azáfama dos serviços municipais para tentar repor a normalidade, na sequência de uma tempestade que provocou, ainda, interrupções nos transportes públicos rodoviários, disse à Lusa uma utilizadora do serviço de autocarros que liga a cidade à freguesia vizinha de Monte Gordo.
“Esta manhã fui apanhar o autocarro para ir trabalhar e ele não veio. Táxis também não há, se não fosse um amigo que passou a dar boleia, hoje não tinha podido trabalhar”, contou Rosa Santos.
Segundo o CDOS, o mau tempo que se fez sentir naquela cidade do sotavento (leste) algarvio, teve origem numa bolsa de ar frio em altura que se deslocou de Espanha para Portugal Continental, provocando instabilidade e aguaceiros localmente fortes.
A chuva forte que se fez sentir ontem à noite e esta madrugada, afetou particularmente o concelho de Loulé.
Ao Algarve Primeiro, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro - CDOS, avançou que Loulé, Quarteira e Vilamoura "foram os meios urbanos mais afetados, com inundações em garagens e espaços comerciais".
A EN125 esteve cortada ao trânsito até às 7 da manhã, na zona de Vale Judeu. Em Vilamoura foi registada a queda de um muro. Ao todo o CDOS fala em 26 ocorrências no concelho, que envolveram 23 operacionais e 10 veículos dos bombeiros de Loulé, GNR, Concessionária Rotas do Algarve Litoral e do Serviço Municipal de Proteção Civil.
A chuva intensa que se fez sentir durante a manhã de hoje no sotavento do Algarve provocou inundações na via pública, em caves e garagens, em especial nos concelhos de Faro, Olhão e Tavira, disse fonte da Proteção Civil. Em Faro, a chuva provocou um desalojado depois de o muro contíguo à sua habitação ter desabado, disse à Lusa fonte da Câmara Municipal.
De acordo com o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, apesar de terem sido registadas 39 ocorrências, a maioria relacionada com inundações, “não existiram situações graves”.
“Temos registo de pequenas inundações na via pública, em caves e garagens em diversos concelhos, devido à chuva forte que coincidiu com a preia-mar”, disse à Lusa a mesma fonte.
A fonte precisou que, desde as 10:38, foram registadas 39 ocorrências no distrito de Faro, 22 das quais no município de Faro, o que motivou a que fosse acionado um grupo de reforço da proteção civil que inclui várias corporações de bombeiros do Algarve.
Segundo fonte da Câmara Municipal, a precipitação, que caiu com maior intensidade a meio da manhã, provocou um aluimento de terra junto ao muro de um prédio “que abateu, deteriorando de forma drástica a habitação onde residia um munícipe”.
Trata-se de um pequeno apartamento num rés-do-chão das traseiras de um prédio da cidade, uma espécie de “casa de porteira”, precisou a fonte, acrescentando que a casa tinha sido arrendada pelo condomínio ao homem, de 62 anos.
A Câmara de Faro vai agora acompanhar o processo de realojamento do homem, que, “eventualmente, deverá recair sobre o condomínio”, concluiu.
A forte chuva provocou também o desabamento de alguns tetos falsos numa zona do piso zero do Centro Comercial Fórum Algarve, em Faro, que está agora desativada devido ao encerramento do comércio não essencial devido à pandemia de covid-19.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) lançou hoje um aviso laranja para o distrito de Faro face à previsão de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada, entre as 10:20 e as 12:00.
O distrito de Faro foi surpreendido por períodos de chuva forte durante a manhã desta sexta-feira que deixaram um rasto de destruição.
Segundo apurou a TVI, parte do telhado de um café no Fórum Algarve colapsou na sequência do mau tempo.
De acordo com o Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Faro, registaram-se até ao meio-dia desta sexta-feira, 22 ocorrências, 14 das quais em Faro.
Faro, Loulé, Monchique , Portimão e Tavira são as regiões mais afetadas pela chuva, com inundações em casas e garagens.
Foi necessário accionar um grupo de reforço de bombeiros das corporações de São Brás, Albufeira e Messines.
Até ao momento não há registo de feridos, nem desalojados.
Casas e terrenos inundados, queda de muros, estradas e carros submersos. Foi este o cenário de destruição causado pela chuva intensa que caiu, esta segunda-feira de madrugada e de manhã, no Algarve. Os concelhos de Olhão, Loulé, Albufeira e Silves foram os mais afetados, num total de cerca de 150 ocorrências.
Os casos mais graves ocorreram em Alfandanga e Quelfes, onde duas famílias ficaram desalojadas. Num dos casos, um tecto falso caiu e a moradora ficou ferida. Foram realojadas seis pessoas. Alguns condutores ficaram presos em estradas inundadas. “O carro começou a flutuar e foi embater numa ponte. Tive que sair pela bagageira porque a água estava a meio das portas”, relatou aoCM Vítor Fonseca.
Em Loulé, houve vários armazéns e carros inundados na zona industrial. Também diversos estabelecimentos sofreram estragos em Quarteira. Em Alcantarilha, no concelho de Silves, um muro caiu e atingiu vários carros estacionados e uma garagem ficou inundada. Muitas casas e vários terrenos junto à EN125 ficaram inundados.