45: Almargem suspeita que milho transgénico dizima colmeias
A associação ambientalista Almargem suspeita que plantações de milho transgénico em Silves sejam responsáveis pela morte de sete colmeias e estado muito debilitado de outras 18 na mesma zona, todas do mesmo produtor.
Segundo a associação, um apicultor do Poço Barreto possuía 25 colmeias nas proximidades do milho transgénico plantado na Herdade da Lameira. Destas 25 colmeias “sete morreram e as restantes encontram-se num estado muito debilitado”.
“Esta é uma situação grave que torna a colocar em cima da mesa a possível relação entre o cultivo de milho transgénico e a perda de vitalidade das colmeias situadas nos arredores da plantação”, defende a Almargem.
A tese da associação baseia-se num estudo de investigadores portugueses da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, publicado primeiro no «Journal of Apicultural Research» e depois na revista «O Apicultor».
De acordo com o estudo, o milho transgénico produz uma toxina que mata lagartas e borboletas que limpam os favos desocupados das colmeias. Sem estas lagartas a limpeza não é feita e proliferam agentes patogénicos prejudiciais às abelhas.
Perante estes argumentos a Almargem considera que o Ministério da Agricultura deve “suspender imediatamente qualquer nova autorização para cultivo comercial de plantas transgénicas em Portugal e, em particular, no Algarve”.
A associação salienta ainda que o ministério deve mandar fazer “análises independentes às amostras de mel produzido na zona de Poço Barreto, com vista a detectar uma eventual contaminação que ponha em risco a saúde pública”.
A situação já terá sido comunicada à Direcção Regional de Agricultura do Algarve.
A plantação de milho transgénico em causa é a mesma que foi alvo de uma acção mediática do movimento Verde Eufémia, no passado mês de Agosto.
Fonte: Região Sul