1437: Tavira: Vandalismo obriga câmara a fechar Pego do Inferno ao público
“Não estavam reunidas as condições mínimas de segurança para que o parque permanecesse aberto ao público”, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Tavira, Luís Nunes, adiantando que brevemente será levado a cabo o concurso para as necessárias reparações.
Os estragos detetados no parque incluem guardas de segurança e degraus das escadarias partidos, caixotes de lixo vandalizados e vários outros equipamentos danificados.
De acordo com o mesmo responsável, o vandalismo na zona era recorrente e todos os anos obrigava a autarquia a um esforço suplementar de reparações, mas este ano foi muito superior ao habitual, obrigando à vedação e fecho do recinto.
A autarquia assegura que, após as obras de reparação, o parque terá vigilância própria para evitar novos atos de vandalismo, mas ainda não está decidido qual o formato dessas medidas de segurança.
“Será difícil termos as obras concluídas no início de 2012, mas obviamente tudo estará pronto no início da época balnear”, afiançou Luís Nunes, adiantando que a vontade da autarquia é acompanhada pela dos proprietários dos terrenos em que se situa o parque.
Próximo do Pego do Inferno encontram-se alguns moinhos de água, designados Moinhos da Rocha, que serão alvo também de requalificação, estudando-se a instalação de um centro interpretativo.
Situado na freguesia de Santo Estêvão, o Pego do Inferno é constituído por uma lagoa rodeada de árvores, para a qual drena uma queda de água da ribeira da Asseca, conjunto paisagístico que pode ser apreciada do Miradouro do Pego, uma estrutura de madeira instalada sobre a lagoa.
Na origem do nome do lugar está a lenda segundo a qual, há muitos anos, uma carroça se despenhou no pego, caindo os ocupantes na lagoa. Os cadáveres dos ocupantes da carroça e os dos animais que a puxavam nunca foram localizados e os mergulhadores não conseguiram encontrar o fundo da lagoa, chamando-se desde então o local Pego do Inferno.
Durante o verão, o lugar é procurado por turistas nacionais e estrangeiros, que mergulham na lagoa.
A instalação dos equipamentos agora vedados ao público teve lugar no ano 2000.