1358: Deco alerta para perigo de bactéria E. Coli no fontanário de Alte
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) alerta que, no Algarve, há fontes públicas a jorrar água sem qualidade e que, por ameaçarem a saúde pública, deveriam estar interditas aos cidadãos.
Como exemplo, a Deco aponta o caso de um fontanário em Alte (Loulé), alegando que a água que daí provém não tem qualidade para beber e apresenta «contaminação bacteriológica por E. Coli e coliformes fecais».
«Febre, diarreia e vómitos, gastroenterite e intoxicação alimentar» são alguns dos sintomas que podem ser sentidos em caso de contaminação, sobretudo se a água for consumida por crianças, idosos e indivíduos debilitados, avança a associação em nota enviada à imprensa.
Esta denúncia é uma das conclusões do estudo efetuado a 35 fontanários de todo o país e publicado na edição de julho/agosto da revista Proteste.
Segundo a Deco, no total, 12 das fontes analisadas fornecem água imprópria para consumo, tendo a associação já informado as autoridades regionais (Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e delegações de saúde) dos resultados obtidos.
Na lista dos maus exemplos, a Deco aponta o caso de outro fontanário situado em Quarteira, no parque de campismo, local onde, segundo a estrutura de defesa do consumidor, existe um teor elevado em sais minerais que torna pouco aconselhável a água.
Nos bons exemplos, aparece o fontanário de Tavira, freguesia de Santiago, cuja água analisada «é de boa qualidade».
Na lista da associação, outras 11 fontes fornecem água imprópria para consumo.
Em Caneças (Odivelas), a água excede o limite máximo de chumbo e alumínio, enquanto em Abrantes os valores de manganês, metal pesado perigoso por acumular-se no organismo, são elevados.
Nos restantes casos (Almeida, Baião, Beja, Elvas, Loulé, Nisa, Santarém, Santiago do Cacém, Vale de Cambra e Santa Maria de Viseu), há contaminação bacteriológica por E. Coli, Enterococus, Clostridium Perfringens ou coliformes fecais.
Segundo a Deco, «nenhum fontanário deveria estar disponível sem garantir requisitos mínimos de potabilidade da água», pelo que a solução mais eficaz seria «ligá-los à rede pública de abastecimento e colocar torneiras com temporizador», o que manteria a sua utilidade e segurança.
Na impossibilidade de aplicar a medida, a água só deve ser distribuída com monitorização regular e inserir-se no Plano de Controlo da Qualidade da Água.
A lei prevê que, se não integrarem este plano, as entidades gestoras devem afixar no fontanário um alerta sobre a falta de controlo da água ou fechar o fontanário.
Fonte: Barlavento Online