115: OLHÃO planeia ampliar o porto de recreio
Francisco Leal sustenta que a gestão dos terrenos à beira da Ria Formosa por parte do IPTM (Instituto Português de Transportes Marítimos) trouxe "enormes prejuízos" à população da cidade e atrasou o desenvolvimento local.
"Com essa gestão por nossa conta, poderíamos concluir o porto de recreio, de forma a poder desempenhar melhor a sua função, construindo novas infra-estruturas e ampliando-o", precisou o autarca socialista.
Na passada quinta-feira, o Governo aprovou um decreto que permite a transferência a custo zero para as câmaras municipais dos terrenos desafectados às administrações portuárias, satisfazendo uma reivindicação antiga de algumas autarquias.
"Agora, só a zona do mercado e do jardim é da responsabilidade do município, mas quando essa transferência se fizer ficaremos com a zona do porto de recreio [a nascente do mercado] e a zona do porto de pesca [a poente], permitindo a libertação de vastas áreas para usufruto da população", disse Francisco Leal à Agência Lusa.
Calculando em cerca de um quilómetro a extensão a libertar na zona nascente, junto ao porto de pesca, Francisco Leal sublinhou que as futuras regras permitirão que ali seja retirada a rede que separa a zona portuária do resto da cidade.
"O ajardinamento daquela área será a prioridade", reforçou, garantindo que na zona não haverá qualquer construção imobiliária, para lá dos arranjos já em curso na zona da antiga lota e do quartel da GNR.
Nessa zona, prevê-se a construção de um auditório, do Museu da Ciência e do Mar (em que ficará instalado um aquário), o ninho de empresas e das futuras instalações da câmara municipal.
Sobre o porto de pesca, o autarca acentuou que a médio prazo as edificações industriais e de apoio ali existentes "acabarão por desaparecer" e a própria Belolhão - indústria de fabrico de rações para animais - será relocalizada.
Além do porto de recreio - que com a nova gestão, segundo o autarca, poderá ser ampliado e melhorado - também a poente desse porto os estaleiros da câmara serão retirados.
"Será uma obra que é independente desta anunciada mudança de gestão e que se realizará no âmbito do Plano Integrado de Requalificação da Ria Formosa, com verbas do Fundo de Coesão", conclui.
Fonte: Observatório do Algarve