1340:Cinco praias algarvias tinham arribas em risco de derrocada
Cinco praias algarvias foram, este ano, alvo de saneamentos controlados de arribas antes do início da época balnear oficial, que arranca amanhã, quarta-feira, dia 1 de junho. As operações incidiram em locais afetados pelos temporais de inverno, onde os desmoronamentos, mais cedo ou mais tarde, seriam inevitáveis.
Segundo dados da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve, os saneamentos preventivos de arribas foram efetuados nas praias de Vale Olival e Praia Nova, no concelho de Lagoa, e na praia de Armação de Pera, em Silves.
Da lista, constam ainda os casos das praias repetentes de Belharucas e Manuel Lourenço, em Albufeira, que foram, de resto, as últimas intervenções a ficarem terminadas, na semana passada.
Apesar destas intervenções, durante o Inverno a ARH Algarve contabilizou 18 desmoronamentos (por causas naturais) de arribas na faixa litoral, um número superior à média, que ronda os dez casos.
Contudo, nem todas as derrocadas naturais foram alvo de intervenções de reparação, já que houve casos em que arribas ficaram consolidadas após os desmoronamentos.
O valor é, contudo, muito inferior ao do inverno rigoroso de 2009/2010, período em que foram registados, na região, 40 desmoronamentos, uma marca só comparável à do longínquo ano de 1995.
De forma a garantir todas as condições de segurança para a época balnear que se avizinha, fonte da ARH garante estar a ser realizada uma «operação global» de vistoria e de reposição da sinalização de perigo.
«Até ao dia 1 de junho, o nosso compromisso é o de substituirmos todas as placas de risco danificadas ou roubadas e o de repormos todos os mapas de risco à entrada das zonas balneares, onde se encontram assinaladas quais as faixas de risco na utilização das praias», precisou ao «barlavento» o assessor de imprensa da ARH João Prudêncio.
De acordo com a mesma fonte, no Algarve, «apesar de haver praias com risco associado – todas aquelas em que há arribas – não há zonas interditas».
Ainda assim, a as autoridades lembram que «os fatores de risco podem ser atenuados com um adequado comportamento dos cidadãos, associado a uma adequada informação por parte das entidades públicas que administram o litoral».
Fonte: Barlavento Online