1041: Assaltos causam alarme no Farol
Os assaltos estão a alarmar moradores, comerciantes e veraneantes que escolheram a Ilha do Farol, na Ria Formosa, em frente a Olhão, para passar férias. Desde o início de Junho que banhistas, estabelecimentos comerciais, casas e até o posto do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) têm sido alvo dos assaltantes.
O caso mais recente aconteceu com uma banhista que, na tarde da passada terça-feira, quando estava na praia, ficou sem a mala de mão. O assaltante nem esperou que ela fosse ao banho. "Ao passar, pegou na mala e fugiu a correr", conta uma testemunha que prefere manter o anonimato. "Foi perseguido por populares mas conseguiu escapar. No entanto, deixou a mala enterrada na areia e acabou por ser encontrada", refere a mesma testemunha.
Na madrugada desse mesmo dia, o alvo tinha sido o posto do ISN. Por volta da 01h30, quando a equipa colocada na Ilha fazia o socorro de um veleiro em dificuldades, os assaltantes forçaram uma janela e levaram um computador portátil, uns binóculos, um telemóvel e dinheiro de uma carteira.
Casos de furtos em casas, mesmo com os moradores lá dentro a dormir, ou a estabelecimentos, durante a madrugada, também têm acontecido. "Isto sempre foi um local pacífico. Deixávamos portas e janelas abertas, mesmo sem estar em casa", conta um morador. "Agora, mesmo quando estamos em casa, temos de ter tudo trancado".
O comandante da capitania de Olhão, Ricardo Arrabaça, reconhece "que se criou um sentimento de alguma insegurança" e garante que "já estava previsto um reforço do patrulhamento que vai ser posto em prática este mês".
"AGORA DORMIMOS LÁ DENTRO"
Carla Martins tem, com a irmã Andreia, o bar Mar a Mais, junto à praia, há cinco anos. Na semana passada, pela primeira vez, foi alvo de assalto. Durante a madrugada "forçaram uma janela para entrar. Depois levaram dois MP3, cerca de 600 euros em tabaco, umas três garrafas e gomas", conta Carla. Como solução, agora, para segurança, "dormimos dentro do bar", explica.
O comandante Ricardo Arrabaça admite que as situações no bar Mar a Mais e no posto do ISN "têm outros contornos" e estão a ser tratadas com uma "investigação policial diferente". Em ambos os locais foi feita a recolha de impressões digitais e, refere o comandante da capitania de Olhão, "às vezes, podemos não conseguir resultados no imediato, mas aparecem algum tempo depois".
Fonte: Correio da Manhã