997: Via do Infante: PSD/Algarve rejeita portagens
O PSD/Algarve opõe-se “frontalmente” a portagens na Via do Infante (A22), recusando a taxa “como medida anti-crise, ou sob a alegação de acabar o «privilégio» de que o Algarve beneficia de uma auto-estrada sem pagar portagem".
Manifestando-se preocupada “certas notícias que pretendem criar ambiente para uma suposta inevitabilidade de serem impostas portagens na Via do Infante”, a Comissão Política Distrital do PSD/Algarve, em comunicado, afirma que se oporá sempre à introdução de portagens na Via do Infante.
Isto porque essa decisão “terá um efeito paralisador do Algarve, com a congestão da EN 125 (requalificada ou não), que para o PSD “hoje já não passa de um arruamento urbano, uma autêntica avenida ladeada de actividades económicas habitacionais”.
Para os sociais democratas do Algarve é inaceitável “que se pretenda tratar de forma igual situações diferentes”, deixando no ar a ameaça: a população do Algarve sairá de novo à rua em protesto, se houver portagens.
Segundo a nota, o Governo deveria respeitar o compromisso assumido e quantificado na base de critérios técnicos, de transformar previamente a EN 125 numa alternativa credível à Via do Infante, situação que para o PSD “está longe de se concretizar, dada a suspensão das obras”.
O documento lembra ainda que cerca de dois terços do traçado da Via do Infante nada tiveram que ver com o modelo de financiamento SCUT, que hoje se prova ter sido negócio ruinoso para o Estado, antes foram foram financiados pelos fundos comunitários e pelo orçamento público.
“Querer incluir este traçado no desastre SCUT é um aproveitamento indecente e mais uma exploração a que se pretende sujeitar o Algarve, a região que tudo dá e nada recebe em troca”, conclui a nota.