889: Prazo adiado para o caso Alicoop
A reunião marcada para terça à tarde, barreira-limite para o desfecho do caso Alicoop, foi adiada por decisão conjunta dos credores, dando um 'balão de oxigénio' à empresa e aos trabalhadores.
A reunião entre os diversos credores e o administrador judicial, que estava agendada para as 17h00 de terça-feira, foi adiada, afirmou ao Observatório do Algarve fonte da Comissão de Trabalhadores do grupo Alicoop. "Soube há instantes que tinham adiado a reunião. Penso que a Caixa Geral de Depósitos estará a tentar ganhar tempo no sentido de se encontrar uma solução para o caso", afirma José Parreiro, porta-voz dos trabalhadores. Terça-feira à tarde, perto de 350 trabalhadores manifestaram-se frente ao edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa e uma delegação conseguiu entregar uma carta à instituição bancária: "Fomos recebidos pelo Secretário-Geral da CGD, uma vez que nos foi dito que tanto o presidente como o vice-presidente estavam fora, no estrangeiro. Correu bem, fomos bem recebidos e penso que a Caixa estará receptiva a tentar encontrar uma solução", adiantou a mesma fonte. Recorde-se que o caso tem motivado o interesse também no sector político, na tentativa de obter uma solução que minimize o impacto nas mais de 1200 pessoas que dependem directa ou indirectamente do grupo Alicoop. Na manifestação, esteve esta tarde presente o deputado do PSD eleito pelo Algarve, Mendes Bota, enquanto o líder distrital do PS, Miguel Freitas, assumiu que “não estão esgotadas todas as possibilidades de trabalho” entre os credores envolvidos no processo. “É preciso encontrar uma solução sólida e com sustentabilidade futura da actividade da empresa”, refere Miguel Freitas, sublinhando que até à data ninguém manifestou interesse no encerramento da empresa, nem questionou o estudo de viabilização do grupo, sendo por isso “necessário manter em aberto a linha negocial, para se aprofundarem soluções e serem discutidos o modelo económico e de gestão, com vista à viabilização da empresa e salvaguarda dos postos de trabalho” (ver notícia aqui).
Fonte: Observatório do Algarve