2677: Onda de poluição dá origem a investigação
A Autoridade Marítima já abriu uma investigação para tentar apurar a origem do despejo dos resíduos que deram à costa numa extensão de 14 quilómetros nas ilhas-barreira da Ria Formosa, em Faro e Olhão.
No entanto, o apuramento de responsabilidades promete não ser fácil, uma vez que ao largo da costa algarvia passam, todos os dias, cerca de 100 navios das mais variadas nacionalidades.
"Através de um processo de acompanhamento e monitorização das cargas e de onde vinham e para onde iam, vamos tentar saber o que aconteceu, mas este é um processo complexo e reservado", admitiu ao CM o comandante da Zona Marítima do Sul e capitão do Porto de Faro, Nuno Cortes Lopes.
Uma grande mancha de espuma branca e amarelada foi detetada, a partir de 4 de janeiro, nas praias das ilhas da Armona, Culatra, Farol e Deserta.
Segundo uma análise feita pela Agência Portuguesa do Ambiente, o resíduo que deu à costa é óleo de palma, que não configura perigo para a saúde pública ou meio ambiente.
Porém, caso se apure a origem do despejo, propositado ou acidental, os infratores poderão vir a ser punidos.
Durante este domingo, mais de 150 pessoas - entre elas elementos da Autoridade Marítima, Marinha, Proteção Civil, câmaras de Faro e Olhão, grupos de escuteiros ou apenas voluntários - participaram numa grande operação de limpeza nas praias, que está agora praticamente terminada.
Fonte: CM