2390: “Noites de Levante” trazem piratas, circo e teatro de rua a Olhão
Música, teatro, recriação histórica, artes circenses, dança e muita animação, são alguns dos ingredientes da iniciativa. Com “Olhão – Noites de Levante” a autarquia pretende dinamizar vários pontos da cidade, nomeadamente na zona ribeirinha, com atividades de caráter lúdico, sem esquecer a vertente cultural.
Assim, dia 18, às 22h00, os piratas invadem a Avenida 5 de Outubro e a zona ribeirinha. Uma “investida” pacífica, levada a cabo pela Viv’arte, uma companhia de teatro sobejamente conhecida pelo trabalho desenvolvido no âmbito da recriação histórica, e que tem marcado presença em eventos por todo o País, e mesmo no estrangeiro.
Uma hora mais tarde, às 23h00, e desta vez no Jardim Patrão Joaquim Lopes, voltamos a viajar no tempo com a Viv’arte, num momento de história viva com “O Guardião do Tesouro”, onde os malabares de fogo são protagonistas.
A noite de quarta feira, 19 de agosto, começa também às 22h00, com Cantigas F(o)leiras de Amor: trata-se da proposta do grupo algarvio Azinhaga, que leva ao palco do Jardim Patrão Joaquim Lopes uma sonoridade informal, constituída por um cancioneiro bem disposto e em português, que sabe falar de amor sem se levar demasiado a sério. Azinhaga é um projeto que reúne Luís Correia Carmelo (voz, concertina e ukulele), André Capela (guitarra e saxofone), Paulo Matos (contrabaixo) e Tiago Rêgo (percussão).
Saem os Azinhaga e entra Jazzafari! Ainda no Jardim Patrão Joaquim Lopes, mas já na noite de dia 20, a música tradicional portuguesa dá lugar ao jazz, ao reggae e à soul. Uma “mistura” tão bem sucedida quanto improvável, mas como o próprio artista diz: “o que eu gosto é de música!”. A não perder!
As “Noites de Levante” prosseguem no dia 21 de agosto, na Avenida 5 de Outubro e zona ribeirinha, com os Farra Fanfarra: especialistas em euforia coletiva e transmissão de ritmos contagiantes, os Farra Fanfarra são um grupo de músicos e animadores especializados na transmissão de energias positivas através da música acústica e do poder dos instrumentos de sopro e percussão. A força do ritmo partilha o palco com variados números de circo, tornando cada atuação dos Farra Fanfarra num acontecimento único e imprevisível. Bombos, caixas, timbales, pratos, tubas, sousafones e trombones, congas e tochas, trompetes, clarinetes, guitarra, megafones e escovas de dentes, saxofones altos e tenores, capacetes, e barítonos, constituem a parafernália instrumental da banda… Tudo é possível, a partir das 22h00!
A noite de sábado, 22 de agosto, é dedicada ao Mercado do Levante. Entre as 18h00 e as 00h00, o Jardim Patrão Joaquim Lopes enche-se de música, teatro, dança e artesanato, com os artesãos locais a mostrarem o que fazem melhor.
De volta ao palco do Jardim Patrão Joaquim Lopes, a noite de 23, a partir das 22h00, é dedicada ao teatro e à música, com o ator da Companhia de Teatro A Comuna, Alexandre Lopes, dono de um talento assinalável, como ator e cantor a dar vida ao recinto.
Na segunda-feira, 24 de agosto, a programação das “Noites de Levante” reserva uma noite de rock eletrónico e multimédia, com os Tripé, num espetáculo agendado para as 22h00, no Jardim Patrão Joaquim Lopes. Os Tripé são um projeto de música eletrónica, progressiva e ambiental, que combina sonoridades eletrónicas e instrumentos clássicos convencionais. O líder da banda, Miguel Munhá, que, para além de compositor, é também produtor e realizador de cinema, tem ligações a Olhão, tendo o seu bisavô sido um homem do mar.
A fechar as “Noites de Levante”, no dia 25, o mote é dado pela companhia Teatro do Mar, que leva à cena a peça “A Balada do Velho Marinheiro”, um espetáculo inspirado na obra do poeta inglês Samuel Taylor Coleridge, “The Rime of the Ancient Mariner”. Levantamos um pouco o véu: um marinheiro mata um albatroz que ajudou o seu barco a sair de uma intempérie. Devido à insensatez do seu ato, é vítima de uma maldição. Um a um, toda a tripulação morre, restando apenas o marinheiro que, apesar de todas as contrariedades, acaba por chegar a terra… O resto deste espetáculo de teatro de rua para toda a família fica para descobrir no dia de encerramento das “Noites de Levante”, a partir das 22h00, no Jardim Patrão Joaquim Lopes.
Em suma, são oito noites repletas de motivos para sair de casa e visitar Olhão, desfrutando das “Noites de Levante” – nome que encontra a sua justificação por se realizar numa das zonas históricas da baixa de Olhão com esse nome, mas também pela associação ao mar ali tão perto.
Fonte: CM Olhão