Durante um ano, o especialista português Filipe Duarte Santos vai encabeçar o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas, um estudo encomendado pela AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, que representa os 16 municípios da região.
Vão ser avaliadas as causas dos fenómenos extremos, como as cheias, a seca ou mesmo os incêndios, e, consoante o resultado, será decidido o desenvolvimento e a implementação de projetos para reduzir os impactos.
"Vamos analisar como vai evoluir o clima no Algarve e quais vão ser os impactos, especialmente em setores que são vulneráveis às alterações climáticas, como os recursos hídricos, a agricultura, as zonas costeiras e também, em certa medida, o turismo", revela Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável.
Esta iniciativa começou a ser pensada "há meses, bem antes de se falar da seca extrema", disse ao CM Jorge Botelho, presidente da AMAL, revelando que o projeto terá um investimento de "470 mil euros resultante de uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos".
"O documento dar-nos-á um conjunto de pistas e orientações para medidas concretas. Acredito que o relatório final aponte cenários de investimento para o que teremos de fazer para ter água e combater as alterações climáticas e a progressiva desertificação do território", revela ainda Jorge Botelho.
O estudo está previsto ficar completo até Outubro de 2018.
Fonte: CM