2545: Marés vivas roubam a areia de várias praias do Sotavento
As marés vivas que nos últimos dias assolaram a costa algarvia deixaram um rasto de destruição, sobretudo nas praias do Sotavento, em que a água chegou a locais onde não entrava há 40 anos, como aconteceu na ilha da Armona, no concelho de Olhão.
Segundo referiu ao CM o comandante Pedro Nunes Ferreira, da Capitania do Porto de Olhão, a praia da Culatra foi aquela onde os efeitos das marés mais se fizeram sentir. "O areal desapareceu e foram arrastados os equipamentos de praia e o apoio balnear", revelou.
Já na praia da Fuseta "foi arrastada a primeira linha de sombrinhas, tendo o mar retirado cerca de metade da areia e criado ‘paredões’ de 1,5 a 2 metros de altura no areal".
Quanto à praia do Farol, outra das mais atingidas, "desapareceu também metade da areia e as passadeiras foram arrastadas", esclareceu o mesmo responsável.
Recorde-se que a praia do Farol foi alvo de uma operação de reposição do areal realizada no verão passado, depois de 20 anos de falta de areia na zona. Apesar disso, a água do mar chegou, neste fim de semana, até ao farol propriamente dito. Entretanto, na Armona, "o mar levou as passadeiras e avançou até 700 metros para dentro do local onde se encontra a concessão, o que não acontecia há quatro décadas", adiantou.
O facto de os ventos "soprarem de oeste", o que fez com que a água entrasse pela barra, "esteve na origem do fenómeno", explicou o mesmo responsável. Em Cabanas de Tavira, a situação repetiu-se, com as marés a ‘atacarem’ o apoio balnear e a arrastarem dezenas de sombrinhas.
Tal como o CM noticiou, a forte agitação marítima provocou ainda, no fim de semana, a derrocada de uma falésia e a destruição de apoios de praia e passadiços em várias praias de Albufeira.
Fonte: CM