1432: Restaurantes do Tavira Gran Plaza fecham em protesto contra “atitude” da administração
Lojistas queixam-se de rendas “injustas”, “incoerentes” e “insuportáveis”, bem como de a administração não ter conseguido cativar público. Administração recusa-se a aceitar uma “solução conjunta” e garante que o espaço já recebeu mais de 8 milhões de visitantes
A maioria dos estabelecimentos de restauração do centro comercial Gran Plaza, de Tavira, não abriu esta quarta-feira como forma de protesto contra o valor das rendas aplicadas e devido ao facto de a administração daquele espaço comercial “não ter encontrado soluções” para cativar mais público.
“Queremos mostrar a grave e insustentável situação a que chegou toda a restauração deste centro comercial”, refere um dos lojistas. A situação tem vindo a arrastar-se desde abril, altura em que os lojistas começaram a manifestar o seu mal estar à administração do centro comercial, “que pouco ou nada fez”, lamenta o mesmo lojista.
Os lojistas queixam-se de “desigualdades”, de “rendas injustas”, “incoerentes” e “insuportáveis”, uma situação que “se agravou ainda mais pela conjuntura económica em que vivemos e pela falta de público massa que esta administração nunca conseguiu captar”, referem.
Um dos lojistas contactado pelo Jornal do Algarve explicou que “mesmo perante esta situação, as rendas foram aumentadas este ano”, havendo quem esteja a pagar “quatro, cinco ou seis mil euros”, numa altura em que a faturação “baixou, em média, cerca de 20 por cento”.
“Nesta altura, o centro comercial está praticamente vazio e só aparece alguém ao fim de semana”, lamenta.
Os lojistas garantem que vão continuar o protesto enquanto a administração do centro comercial não lhes der garantias de que vai tomar medidas para alterar a situação. Admitem saber que correm o risco de incorrer em sanções contratuais, mas explicam que esta foi a solução encontrada para protestar contra “a inflexibilidade, a arrogância e prepotência da administração deste espaço comercial”.
Administração diz que “não aceita uma solução conjunta”
Entretanto, a administração do Tavira Gran Plaza já emitiu um comunicado onde explica que tem vindo a reunir com os lojistas da restauração e tem estado disponível para analisar cada uma das operações, bem como “discutir caso a caso a solução a adoptar”, mas sublinham que “devido à especificidade de cada um dos negócios em operação, não pode concordar com a imposição de uma solução conjunta”.
Os responsáveis garantem ainda que o Tavira Gran Plaza “tem por princípio uma gestão activa, dialogante e flexível, acompanhando de perto os seus lojistas e as suas operações”. E que “este negócio tem por base uma parceria entre o proprietário e o lojista com o intuito de encontrar as melhores soluções que permitam o sucesso do Centro Comercial como um todo”.
A administração recorda que desde a sua abertura, o Tavira Gran Plaza recebeu mais de 8 milhões de visitantes, tem 105 lojas e tem como objectivo “manter a qualidade e uma oferta comercial adequada às necessidades dos seus visitantes”.
“Desde a sua abertura, o Tavira Gran Plaza recebeu mais de 8 milhões de visitantes, tem 105 lojas e tem como objectivo manter a qualidade e uma oferta comercial adequada às necessidades dos seus visitantes, tendo entre 2010 e 2011 reforçado a variedade de lojas acrescentando ao seu mix várias insígnias internacionais de relevo, tais como, Springfield, Mango, Throttleman/Red Oak, Lion of Porches e Code”, concluem os responsáveis do centro comercial.
Fonte: Jornal do Algarve