Atraso nos trabalhos prévios impede que obra decorra este fim de semana, como inicialmente previsto. Operação fica agora sem data marcada.
A reabertura da nova barra da Fuzeta, intervenção inicialmente prevista para o período de 23 a 26 de abril, altura em que estão previstas algumas das maiores marés do ano, não vai, afinal, poder ser concretizada.
Em declarações ao «barlavento», fonte da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa explicou que, apesar de estar em curso, a operação de desassoreamento da área da nova barra não ficou concluída a tempo, devido à agitação marítima que se tem sentido nos últimos dias, o que inviabilizará a operação.
Segundo a mesma fonte, os sedimentos resultantes do desassoreamento estão a ser utilizados no reforço do cordão dunar da Ilha da Fuzeta, não estando ainda definido quando ficará terminada a operação.
Para evitar o cenário de dezembro, quando a nova barra da Fuzeta assoreou poucos dias depois da sua abertura, deitando por terra uma obra no valor de um milhão de euros, as autoridades ambientais continuam determinadas em tomar medidas especiais e pretendem encerrar a barra antiga ao mesmo tempo da reabertura da nova, evitando o risco de concorrência entre os vasos comunicantes da ria.
Neste momento, a chamada barra antiga da Fuzeta continua a servir as comunidades piscatórias, embora esteja condicionada às horas de preia-mar.
Apesar das restrições, a opção pela barra antiga tem sido a preferida pelos pescadores, que assim evitam uma deslocação até à zona do Lavares, o que, na prática, obriga a um contorno da Ilha da Armona, com maiores gastos de combustível e tempo.
Independentemente destes trabalhos, a presidente da Sociedade Polis Valentina Calixto já disse ao «barlavento» que, qualquer barra que ali venha a ser aberta, terá de ser alvo de dragagens periódicas e de manutenção, de forma a assegurar a sua navegabilidade em todas as condições de maré.
Apesar de a intervenção global na ilha da Fuzeta ter sido realizada por razões de emergência e antecipado o plano de demolições naquela península, todos os movimentos marítimos da Ria Formosa estão a ser alvo de um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Fonte: Barlavento Online