1292: Interdição de apanha e comercialização de bivalves alargada ao Barlavento algarvio
A interdição da apanha e comercialização de bivalves na área do Sotavento algarvio, incluindo a Ria Formosa, foi hoje alargada ao barlavento devido à presença de algas produtoras de biotoxinas.
"Atendendo à obtenção de resultados positivos nas análises de biotoxinas DSP em amostra de bivalves" foi estendida a "interdição da apanha e comercialização de todos os bivalves provenientes da zona Litoral Portimão - Lagos", disse à Lusa fonte do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR).
A interdição temporária da apanha e comercialização de todo o tipo de bivalves na área litoral algarvia entre Vilamoura e Vila Real Santo António foi imposta há 14 dias - a 26 de março - e alargada à Ria Formosa há oito dias, a 1 de abril.
Hoje à tarde e depois de realizadas análises pelo IPIMAR, a interdição foi alargada à costa do barlavento algarvio entre Portimão-Lagos.
A apanha de bivalves está interditada devido à presença de micro algas produtoras de biotoxinas.
A durabilidade destas micro algas é de cerca de 15 dias e a toxina que produzem provoca "efeitos diarreicos" ao Homem durante dois ou três dias, indica fonte do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR).
Desde que a interdição foi lançada, a Autoridade Marítima apreendeu 2,5 quilos de ameijôas na Ria Formosa, tendo-as devolvido ao sistema lagunar, e capturou artes de pesca na Praia de Monte Gordo pertencentes a um mariscador que se preparava para iniciar atividade em zona interdita.
Os bivalves produzidos em alto mar ("offshore") no Algarve não estão interditos à apanha e comercialização e podem ser a alternativa para os estabelecimentos comerciais admitiu hoje à Lusa fonte dos Serviços Veterinários do Algarve.
Fonte: Observatório do Algarve