998: Criança irlandesa atingida sem gravidade por queda de falésia na Praia do Vau
Um menino de 4 anos, de nacionalidade irlandesa, sofreu esta manhã escoriações ligeiras nos braços e pernas, ao ser atingido pela queda de parte de uma falésia na Praia do Vau (Portimão), disse fonte do INEM ao barlavento.online.
A derrocada deu-se cerca do meio dia, em três fases, ao longo de num período de cerca de meia hora, o que permitiu que as pessoas se afastassem e comprovassem que não estavam vítimas debaixo da arriba.
De acordo com o Capitão do Porto de Portimão Cruz Martins, o volume de terra que se soltou da arriba, com 20 metros de altura, ocuparia cerca de quatro metros cúbicos, o suficiente para encher um camião.
A primeira fase da derrocada, que ocorreu na zona poente da praia, provocou "ligeiras escoriações" na perna de uma criança, que foi assistida no local por uma ambulância e transportada para o Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão, por precaução.
Considerando que os ferimentos foram quase "insignificantes", o Comandante Cruz Martins assegura que as derrocadas isoladas - que se deram em três momentos distintos -, não seriam suficientes para soterrar uma pessoa.
"Interrogámos várias testemunhas e todas nos asseguraram que não estava lá ninguém", disse, acrescentando que as testemunhas até mostraram fotografias às autoridades que o comprovavam.
A Autoridade Marítima isolou o local com fita policial, sendo agora da responsabilidade da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve proceder às intervenções necessárias na arriba.
Segundo explicou à Lusa fonte da ARH/Algarve, a derrocada ocorreu numa extensão de seis metros fora da zona balnear e a área estava "assinalada como zona de risco.
Contudo, diz a mesma fonte, a placa de sinalização que existia na praia foi removida pelo mar este inverno, mas previa-se que fosse recolocada antes do início oficial da época balnear, a 01 de junho.
A zona onde hoje ocorreu a derrocada não foi identificada pelos técnicos da ARH/Algarve como tendo "necessidade de ser alvo de uma derrocada controlada", acrescentou Anabela Dores, daquela entidade.
Fonte: Barlavento Online
Segundo a mesma responsável, a influência da derrocada foi "dentro da faixa de risco", estando neste momento a ser avaliada a possibilidade de proceder a uma derrocada controlada.
Na semana passada, a ministra do Ambiente, deslocou-se ao Algarve para assistir a várias derrocadas controladas na praia de S. Rafael, Albufeira, com o objetivo de prevenir o risco de queda em época balnear e para criar condições de segurança atrativas para o turismo.
Desde a derrocada de uma arriba na praia Maria Luísa, Albufeira, em agosto do ano passado, que matou cinco pessoas, que 19 praias algarvias foram alvo de 200 intervenções, uma manutenção da erosão costeira que custou ao Estado cerca de 50 mil euros.