984: Algarve prepara-se para época de incêndios
A prevenção e sensibilização, uma aposta no ataque inicial e uma forte colaboração com os serviços municipais são os principais pontos do Plano Operacional Distrital de combate a incêndios florestais do Algarve, hoje apresentado em Faro.
O plano hoje apresentado, em Faro, define os meios e recursos disponíveis para combater incêndios nas três fases de atuação (Bravo, Charlie e Delta), os setores estratégicos e locais de estacionamento e a forma de organização e atuação das diversas entidades no combate aos fogos florestais.
A governadora civil de Faro, Isilda Gomes, considerou que, a partir de agora, "o Algarve fica melhor preparado" para responder a incêndios florestais, porque conta com "um plano de ação de estruturado" e "aposta na prevenção".
"Estamos sem dúvida nenhuma melhor preparados e as ações de formação realizadas pela Autoridade Nacional das Florestas já são uma consequência deste plano", afirmou Isilda Gomes, sublinhando estarem já previstas 31 ações de sensibilização.
Para a representante do governo no distrito, o plano foi elaborado "em função das necessidades e dados disponíveis", de forma ao distrito "ter capacidade de prever, prevenir e dar resposta" aos incêndios florestais.
O comandante Operacional Distrital, Vaz Pinto, explicou que os meios previstos para este ano na região "são os mesmos do ano passado, porque se considerou que eram os suficientes e adequados".
"Um dos principais objetivos é garantir um ataque inicial musculado, tendo 15 minutos depois do alerta meios no terreno", afirmou o comandante, que quer também "reduzir o número de ignições, o que só é possível com a colaboração de todos os cidadãos".
Vaz Pinto explicou ainda que o final da fase Delta, que começa a 01 de outubro e deveria terminar no dia 15, "foi alargada para 31" e alertou para o facto de a muita chuva registada este inverno "poder vir a ser problemática" para o combate a incêndios.
"Haverá mais matéria inflamável e se houver uma repetição das condições meteorológicas de 2003/2004 (os piores anos de incêndios florestais da década no Algarve) aumentará a velocidade de propagação de incêndios", afirmou o Vaz Pinto.
O responsável disse ainda que a chuva "impediu a realização de fogo controlado" e isso reiterou o apelo à população para que evite comportamentos que possam comprometer a floresta.
Fonte: Observatório do Algarve