A venda de sistemas de segurança para habitação disparou no Algarve e existem cada vez mais pessoas a dirigir-se às empresas especializadas para pedir informações sobre os produtos disponíveis.

Segundo o director territorial para o Sul da Securitas Direct, Paulo Costa, a empresa passou de 400 alarmes vendidos anualmente quando se instalou no Algarve, há três anos, para 2000 alarmes/ano.



“As pessoas estão mais preocupadas com a segurança”, constatou à Lusa o responsável, ressalvando que não dispõe de dados que possam relacionar o aumento da venda de alarmes com notícias de assaltos no Algarve.



"Antes era encarado como um produto de luxo, mas agora muitas pessoas já sentem a necessidade de ter um alarme, tal como instalam água ou luz nas suas casas", sublinhou.



No espaço de um mês, o Algarve foi palco de vários assaltos a moradias com recurso a violência e até sequestro - em Almancil, Loulé e Faro.



O "modus operandi" dos assaltantes tem sido comum a todos os casos.



Num dos assaltos - a uma casa de um casal suíço residente em Almancil -, os criminosos sequestraram o casal e violaram a mulher, de 77 anos.



Também na área da segurança privada tem havido um reforço do patrulhamento, disse à Lusa o responsável pela Vigiquinta, empresa cujos serviços se limitam às moradias da Quinta do Lago.



De acordo com Hermes Alberto, embora não se tenha registado um aumento dos assaltos a moradias e aldeamentos que integram aquele empreendimento de luxo, nota-se que os moradores, na maioria estrangeiros, estão "apreensivos".



"Estamos atentos e preparados", disse.



Segundo o responsável existem na Quinta do Lago cerca de 700 alarmes ligados à central de monitorização da empresa, o que cobre praticamente todas as habitações do "resort".



Hermes Alberto, que integra também o Conselho Municipal de Segurança de Loulé, afirmou ainda que é normal haver um reforço de patrulhamento no Inverno, altura em que há menos pessoas a circular no empreendimento.

 

Fonte: Lusa/Barlavento Online

O deputado do PSD Bacelar Gouveia apresenta hoje um requerimento na Assembleia da República a pedir explicações ao Governo sobre a evolução dos números da criminalidade registada no Algarve nos últimos meses.

No espaço de um mês, o Algarve foi palco de vários assaltos a moradias com recurso a violência e até sequestro - em Almancil, Loulé e Faro.



O "modus operandi" dos assaltantes tem sido comum a todos os casos, sendo que num dos assaltos - a uma casa de um casal suíço residente em Almancil -, os criminosos sequestraram o casal e violaram a mulher, de 77 anos.



Em declarações à Agência Lusa, o deputado social-democrata Bacelar Gouveia adiantou que o requerimento questiona o Governo sobre quais as medidas que foram tomadas pelas forças policiais algarvias para fazer face ao sentimento de insegurança da população, nomeadamente que tipo de coordenação está a ser feita entre a PSP e GNR.



Bacelar Gouveia é da opinião que existe um sentimento de insegurança na população e para se inteirar do que as forças policiais planeiam para a região algarvia, enviou uma carta a em Novembro aos comandantes distritais de Faro da PSP e da GNR a solicitar uma reunião.



Os comandantes de Faro da PSP e da GNR mostraram-se indisponíveis para a reunião, remetendo o assunto para as chefias nacionais, acrescentou o deputado social-democrata.



"Acho que como deputado da Assembleia da República, ainda por cima eleito pelo distrito de Faro, tenho todo o direito de saber o que está planeado sem me estar a meter em segredo de Estado. Causa-me estranheza esta atitude", lamentou.



"Acho um pouco estranho que os chefes distritais da PSP e da GNR não possam receber um deputado da Assembleia da República que apenas se pretende inteirar em relação à situação que se está a viver no Algarve", observou Bacelar Gouveia.



"As pessoas vivem com sentimentos e o que uma política de segurança tem de fazer é prevenir a prática de crimes, mas também criar nas pessoas uma sensação de segurança e é preciso saber o que se anda a fazer para inverter a criminalidade na região", sustentou.



“Esse trabalho pode até passar uma "política de propaganda", disse.



No mesmo sentido, também o deputado do CDS/PP eleito pelo círculo de Faro, Artur Rêgo, já se mostrou preocupado a situação e questionou o Ministério da Administração Interna sobre as medidas que pretende tomar.



Em requerimento, o deputado Artur Rêgo interrogou o Governo sobre se está a planear reforçar os efectivos do Algarve e como vai redefinir as áreas de jurisdição da PSP e GNR e aumentar o policiamento de proximidade.



O deputado democrata-cristão questionou ainda se está em vista a criação de órgãos de polícia municipal nas localidades onde tal se justifique e se está prevista alguma medida quanto ao anunciado Plano Nacional de Vídeo vigilância.

 

Fonte:  Lusa