O ICNB quer tornar a Quinta de Marim um "centro de visitação da natureza de excelência", objectivo que poderá ser alcançado a partir da Primavera de 2011, depois de concluídas as obras orçadas em cerca de 1 milhão de euros, no âmbito do programa Polis Litoral da Ria Formosa.

Refira-se que a Quinta de Marim pode ser visitada actualmente, por 2,5 euros, e desenvolve actividades pontuais na Ecoteca de Olhão/Museu João Lúcio.

O projecto inclui trabalhos de recuperação e reabilitação do Chalet João Lúcio, do Moinho de Maré, do Centro Interpretativo e do armazém existente no local, obras concluídas em Janeiro de 2009. O acesso viário e a zona envolvente também serão intervencionados e melhorados, com reforço dos elementos naturais, segundo confirmou ao Observatório do Algarve fonte do ICNB.

A Quinta tem ainda em funcionamento um centro de recuperação da raça portuguesa de cão d'água e um Centro de Recuperação de Animais Selvagens. Este último passou hoje para a gestão da associação Aldeia.

Com a passagem para a gestão privada, o Centro de Recuperação de Animais Selvagens passa a designar-se RIAS. O espaço recebe sobretudo aves que aparecem durante os ciclos migratórios, que são atingidas por tiros ou que embatem em fios de alta tensão, apesar de poder acolher também mamíferos, de pequeno e médio porte, e répteis, todos para tratamento e recuperação com vista à posterior libertação no habitat natural.

Em declarações aos jornalistas, Tito Rosa explicou que a gestão privada daquele centro "vai ser mais eficaz" e terá "menor custo".

A parceria entre o ICNB e a Aldeia decorrerá durante um período de três anos, renovável, e implicou ainda um protocolo com a ANA - Aeroportos de Portugal, que no âmbito da iniciativa "Business & Biodiversity", vai apoiar o centro com cerca de 40 mil euros anuais.