720: Allgarve sem licença para dançar
Um dos bares/discotecas para onde está previsto o programa de animação Allgarve Dance, o Salt Beach, em Silves, não tem as licenças necessárias. Câmara e promotor não dançam pela mesma música.
Fonte: Observatório do Algarve
A ideia era animar as noites, mas os dias têm sido tão ou mais agitados desde que o Salt Beach Club, um bar a ser construído na Praia Grande em Silves, percebeu que não tinha licença para abrir.
O Salt Beach deveria ser o anfitrião de uma Dance Party integrada no Allgarve Dance, um programa patrocinado por uma operadora de telefones móveis que prevê mega-espectáculos com DJ’s conhecidos, mas a Câmara de Silves não concedeu a licença necessária à abertura do espaço.
A Câmara Municipal adiantava terça-feira ao jornal Correio da Manhã que não tinha recebido qualquer pedido de licenciamento para o espaço e que por isso qualquer iniciativa do género estaria ilegal.
Os promotores do Clube de Praia garantem, no entanto, que entregaram atempadamente os requerimentos (ver ficheiro anexo) e que houve mesmo uma reunião com a própria presidente da Câmara e por isso ameaçam agora a autarquia com um processo judicial.
“Efectivamente, em 25 de Maio de 2009, os Promotores deram entrada desse requerimento,( conforme documento anexo), após a reunião com a Sra Presidente da Câmara Municipal de Silves a quem apresentaram pessoalmente o projecto”, afirma Marta Aragão Pinto, responsável pelo Salt Beach Club.
“Nesta oportunidade, aquela autarca declarou ficar profundamente agradada com o projecto , pelo importante e favorável impacto no tecido económico e social local, a par da divulgação previsível , nacional e internacional, do concelho de Silves”, acrescenta.
Isabel Soares, presidente da Câmara Municipal de Silves, continua a garantir que os promotores apresentaram de facto, um requerimento, mas que estaria incompleto, nomeadamente por falta de uma autorização do proprietário do terreno, que nunca terá sido entregue.
Desmentindo a presidente da Câmara, os promotores invocam “interesses obscuros e lobbies” para justificar a decisão de afastar de Silves o Salt Beach Club, informando que “deram instruções ao seu serviço de contencioso para instaurar contra a Câmara Municipal de Silves processo judicial”, para ressarcimento dos danos causados