O objectivo é converter os óleos usados nas frituras domésticas ou industriais em "biodiesel" - substituto do gasóleo, mais barato e amigo do ambiente -, incorporando depois o combustível na sua frota automóvel.

Algumas Câmaras Municipais do Algarve e outras entidades já promovem a recolha de óleos usados, mas o objectivo da Algar é avançar ainda este ano para a construção de uma unidade de conversão.

"Numa primeira fase queremos produzir 500 mil litros de 'biodiesel' e progressivamente chegar a um milhão por ano", disse à Lusa Eduardo Viegas, da Algar, sublinhando consumir a empresa, anualmente, dois milhões de litros de gasóleo.

Normalmente, os óleos usados vão para os aterros sanitários (através do lixo), para as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e para os rios ou o mar (quando são deitados fora através dos esgotos).

As vantagens ambientais da utilização do "biodiesel" passam por uma redução em 75 por cento da emissão de dióxido de carbono, em 50 por cento de monóxido de carbono e em cem por cento a emissão de enxofre.

Segundo Eduardo Viegas, a conversão de OAU em combustível é um processo que deve envolver todos os concelhos do Algarve e que implica a colocação de pontos de recolha nas ruas e "muita educação ambiental".