692: Ar do Algarve sem monitorização motiva queixa da Quercus à Comissão Europeia
A Quercus vai remeter uma queixa à Comissão Europeia devido à falta de monitorização da qualidade do ar no Algarve, situação que considera «uma violação às leis nacionais e europeias».
A associação ambientalista denunciou hoje, em comunicado a que o barlavento.online teve acesso, que «a rede de monitorização da qualidade do ar no Algarve continua sem funcionar desde 2008 pelo que, com o aumento da radiação sol, poder-se-ão formar níveis de ozono troposférico perigosos para a saúde sem que as autoridades de saúde e os próprios cidadãos possam ser avisados para tomar medidas individuais ou colectivas».
A Quercus salienta que «ao longo desta última semana começaram a registar-se os primeiros níveis elevados do poluente ozono troposférico mas a informação continua a não chegar às populações».
As estações da rede de monitorização da qualidade do ar em Portugal começaram a registar níveis elevados de ozono troposférico, principalmente no Norte do país, em Vila Real e Porto Litoral, acrescenta a associação ambientalista.
«Embora as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional estejam a emitir alguns alertas, embora com falhas ao fim de semana, a informação não está a chegar às populações por não ser veiculada na comunicação social, o que impossibilita que os cidadãos possam tomar precauções para evitar exposição a este poluente perigoso para o sistema respiratório».
De acordo com a Quercus, «desde o último dia do mês de Maio foram já registados 19 excedências ao limiar de informação ao público para o ozono (180 ug/m3) e uma ultrapassagem ao limiar de alerta (240 ug/m3) (ver em www.qualar.org) no Norte e Centro do país».
Para garantir que esta informação chega efectivamente ao público, de acordo com o previsto na Lei, a Quercus defende um acordo entre o Ministério do Ambiente e os órgãos de comunicação social públicos (RDP e RTP) de modo a que essa informação seja incluída nos noticiários à semelhança da informação veiculada sobre o estado do tempo.
Fonte: Barlavento Online