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Tempo no Algarve

Estado do Tempo, Previsões, Alertas e Notícias sobre a Região Algarvia. E-mail: temponoalgarve@sapo.pt

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Abr09

652: E se a terra tremesse por cá?

Tempo no Algarve

O Estudo de Risco Sísmico e de Tsunamis no Algarve já está a ser compilado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, para que se executem os planos de emergência. Mas, se na resposta a uma catástrofe dessa natureza as coisas parecem estar a melhorar, o mesmo não se pode dizer em relação à prevenção.


 


Foi uma madrugada de pânico. A terra tremeu, os edifícios ruíram. A descrição cabe no que se passou a 6 de Abril, em Aquila, no centro de Itália, mas também no que se viveu no Barlavento Algarvio a 28 de Fevereiro de 1969, data do último grande sismo que provocou danos no território continental português.



Em ambos os casos, o sismo rondou os 7,0 na escala de Richter, mas em Itália quase 300 pessoas perderam a vida, enquanto no Algarve apenas há registo de uma vítima mortal nesse abalo de há 40 anos.



Que factores ditaram as diferentes consequências? O tipo de solos onde se sente o sismo, a distância em relação ao epicentro e a ocupação do solo são apenas alguns dos muitos aspectos enumerados por Carlos Martins, especialista em engenharia civil da Universidade do Algarve.



E para mostrar a variabilidade, recorda o maior tremor de terra de que há memória: «quando ocorreu o grande sismo de Lisboa, em 1755, o Algarve era um deserto e as consequências foram insignificantes quando comparadas às que se verificaram em Lisboa. Se houvesse uma maior ocupação do solo nessa altura, de certeza que o sismo ficaria conhecido como o grande sismo do Algarve».



O princípio quase que pode ser replicado no abalo de 1969. Em Bensafrim, uma das localidades mais afectadas nessa noite, ainda há quem se recorde do «barulho horrível» que as paredes fizeram. «Foi tudo muito rápido e toda a gente veio para a rua antes das casas caírem», conta Maria José Marreiros.



Bastou um vizinho sair à rua e gritar, para que todos os outros abandonassem as suas casas térreas.

Acontece que hoje, as casas térreas deram lugar, em muitos casos, a prédios. Locais onde antes não havia qualquer construção são por estes dias urbanizações habitadas por centenas de pessoas.



O cenário mudou e as consequências de um sismo semelhante ao de 1969 nos dias que correm bem que se podiam assemelhar às de Itália.



Trata-se, porém, de um cenário especulativo, pois a ferramenta que irá permitir simulações deste tipo de desastre só agora começa a ser alimentada com os dados resultantes do Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis para o Algarve, revelou fonte da Autoridade Nacional para a Protecção Civil.



Os resultados são conhecidos em Junho, mas sabe-se já que, no cenário actual – população residente de 400 mil pessoas, 60 mil edifícios e 277 mil alojamentos, dos quais 70 mil são em betão armado, 50 mil em alvenaria com pavimento em placa, 23 mil em alvenaria de pedra e 15 mil em alvenaria – um sismo com a mesma magnitude do registado em 1755 causaria no Algarve cerca de três mil mortos e 27 mil desalojados.



É com base nesta informação que a Protecção Civil vai elaborar planos de emergência e até já tem agendada a realização de um Exercício CPX - Command Post Exercise (Exercício de Posto de Comando) para Novembro deste ano.



Mas, para Carlos Martins, «essa é uma análise do que fazer a posteriori, quando o que precisamos é de medidas a priori, ou seja, de mecanismos de aferição da qualidade do parque construído, se está bem projectado e se foi e é acompanhado com ensaios e controlos rigorosos, de forma a que o trabalho da Protecção Civil seja o menor possível quando um sismo acontece».



O diagnóstico, para já, «é desconhecido», pois não existem estudos. E nem mesmo a regulamentação sobre edifícios é capaz de tranquilizar. «Não há controlo sobre obras privadas, assume-se que cumprem as normas de segurança, mas, não havendo controlo, facilmente as coisas se descontrolam», observa.



Por outro lado, ao nível de planeamento, «tem faltado decisão». O Plano Regional de Ordenamento do Território, por exemplo, já integra estudos sobre o risco sísmico da região e apresenta um mapa com as áreas de maior risco, coincidindo maioritariamente com a faixa litoral.



Uma das razões para essa classificação é a existência de solos arenosos e de elevada susceptibilidade de liquefacção em caso de sismo. «Bastam cinco segundos de abalo para que um edifício sobre solo liquefeito nunca mais volte a ser vertical», faz notar.



Apesar do mapa e do reconhecimento do risco de construção sobre solos arenosos com nível freático relativamente elevado, nenhuma regulamentação obriga à construção de estacaria específica para edifícios nesses locais.



«As pessoas assumem um risco calculado, mas não deviam», considera Carlos Martins. Em caso de sismo, garante que a sua casa é o único sítio onde quer estar, porque aí tem a garantia de que o projecto e a construção acautelaram todas as normas de segurança contra sismos.

 


 


Fonte: Barlavento Online

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