620: Laboratório da Unesco com um ‘pé’ em Olhão
A instalação de um Centro de Ecohidrologia Costeira da Unesco em Olhão está prestes a ser aprovada. O projecto é da Universidade do Algarve, em parceria com a autarquia Olhanense e Vila Real de Santo António.
Entre os meses de Abril e Maio deverá ser conhecida a resposta da Unesco à candidatura da Universidade do Algarve (UAlg) para a instalação de um Centro de Ecohidrologia Costeira (CEC) na região, com o apoio dos Municípios de Olhão e Vila Real de Santo António (VRSA).
Caso os intentos algarvios de concretizem, a sede do CEC ficará na UAlg, Olhão receberá o laboratório do projecto e VRSA uma pequena unidade de investigação.
Segundo revelou aos jornalistas Francisco Leal, presidente do Município de Olhão, à margem da apresentação do Auditório da cidade, na passada sexta-feira, o laboratório irá ficar localizado no Centro de Inovação e Desenvolvimento.
O edifício será construído de raiz junto ao novo espaço cultural olhanense (ver notícia). A edificação, obra que demora cerca de um a ficar concluída, estará também sujeita à atribuição de verbas comunitárias.
Segunda unidade na Europa
Actualmente, apenas existe um CEC na Europa, localizado no norte do continente, e 17 no mundo. A unidade algarvia deverá ter “entre 16 e 31 cientistas em regime de permanência”, revela Francisco Leal.
O laboratório da Unesco irá estudar questões relacionadas com o ambiente e com a água.
“Os estudos poderão passar pela prevenção dos tsunamis ou por outros fenómenos que possam vir a acontecer. Obviamente que, quando a Unesco faz a instalação de um laboratório destes, é para colocar cá pessoas de grande nível técnico-científico”, sublinha o autarca que acrescenta tratar-se de um grande “orgulho para Olhão e para o país, a instalação de um Centro com esta qualidade”.
Leal não exclui a hipótese de o projecto, que envolve a UAlg, Olhão e VRSA, vir a integrar mais municípios e empresas algarvias, e revela que o convite já foi feito: “esperamos mesmo, sinceramente, que venham a aderir”, confessa.
“Isto é um projecto num âmbito tão grande, tão elevado que envolve, obviamente, o Governo português e a representação de Portugal junto da Unesco e portanto é desejável que venham a aderir, eu diria, todos os municípios do Algarve”.
Para já, o projecto está a ser avaliado na sede da Unesco, em Paris, e as perspectivas são as melhores: “Já cá estiveram duas embaixadas da Unesco para analisarem quais eram as condições que tínhamos para poder receber uma unidade deste género e, por aquilo que me foi transmitido, foram daqui convencidos da bondade do nosso projecto e da necessidade de que o Algarve tem de ter uma unidade deste género”, conclui optimista Francisco Leal.
Fonte: Observatório do Algarve