617: OLHÃO: Auditório abre com programação de luxo
A música de Teresa Salgueiro inaugura o Auditório de Olhão. A fadista Ana Moura chega na semana seguinte e já está agendada a estreia nacional de uma peça de teatro em Abril. (Vídeo e fotos)
Ainda em fase de retoques finais, o Auditório de Olhão está quase pronto a abrir portas ao grande público. A inauguração está agendada para dia 21 de Março e a cantora Teresa Salgueiro vai ser a primeira artista a pisar o palco do novo espaço cultural da cidade cubista.
Tendo como cicerone Francisco Leal, presidente do Município de Olhão, os jornalistas puderam visitar o edifício, na passada sexta-feira, e ficaram a conhecer os planos futuros tanto para a programação do Auditório como para a zona que o envolve.
Graça Cunha, directora do Auditório de Olhão, revelou que já está agendado para o espaço a estreia nacional de uma peça de Paulo Matos (vídeo). “Saia curta e consequências” conta com a representação de Claúdia Vieira e sobe ao palco nos dias 17, 18 e 19 de Abril.
Antes, haverá um espectáculo da fadista Ana Moura, no dia 28 de Março. O alentejano Vitorino canta no palco de Olhão a 24 de Abril e, em Maio, a Orquestra Gulbenkian faz as honras da casa.
Graça Cunha admite que é pouco habitual a descentralização da cultura, com peças a estrear fora dos grandes centros mas, considera, “felizmente, há medida que vamos tendo equipamentos regionais, eu acho que isso virá a acontecer mais vezes”.
Quanto à programação para os meses mais quentes, Francisco Leal explica que “durante o Verão diminuirá naturalmente de intensidade de espectáculos. Vamos continuar a fazer na Zona Ribeirinha as nossas festas”.
Segundo Graça Cunha, os critérios de escolha de espectáculos são “a qualidade e em segundo lugar pensar nos públicos preferenciais, no caso, Olhão”.
A divulgação vai ser efectuada através do site da autarquia, da agenda mensal do Município de Olhão, newsletters e pelos meios tradicionais como outdoors e flyers.
Os bilhetes para o espectáculo de Teresa Salgueiro estão à venda a partir de segunda-feira, na Casa da Juventude de Olhão, até ao dia da inauguração.
O preço dos bilhetes, tanto para Teresa Salgueiro como para Ana Moura, na semana seguinte, vão ter o preço de 10 euros. “Depois seguiremos uma política de bilheteira diferenciada”, referiu Graça Cunha, que não exclui a hipótese de uma política de descontos.
Francisco Leal sublinhou que “o Auditório é para a população de Olhão” e por isso o objectivo é garantir o acesso a todos.
Novos edifícios vão nascer junto ao espaço cultural
O autarca olhanense anunciou que está ainda prevista a construção de “duas infra-estruturas muito importantes nesta zona”. São o Centro de Inovação e Desenvolvimento que “no fundo é um ninho de empresas e é um espaço onde pretendemos instalar o laboratório da Unesco, se for atribuído ao Algarve”, diz, e o novo edifício do Município de Olhão.
A obra do Auditório Municipal teve um custo de 5,2 milhões de euros e foi financiada em 70 por cento por fundos comunitários.
Construído no local da antiga fábrica Ramires, o Auditório mantém a chaminé original do edifício, que alberga uma ‘inquilina’ bastante especial: uma cegonha.
“Nós quisemos deixar esta chaminé. Foi recuperada de acordo com as novas tecnologias e, portanto, custou-nos um valor apreciável: cerca de 200 mil euros”, conta e sublinha que a estrutura está preparada para resistir a um sismo de forte intensidade.
“O mais importante para nós é que esta chaminé, este símbolo que é também a cegonha, significa muito para nós, significa a defesa do ambiente e que temos cada vez melhores condições ambientais”, acrescentou o edil.
O Auditório possui 418 lugares sentados, 278 dos quais no balcão e oito para pessoas com deficiência. O espaço está dotado de cabines de tradução e, no futuro, há a intenção de que possa ser utilizado como Centro de Congressos, aproveitando a instalação de um hotel de 5 estrelas na cidade.
O edifício possui ainda um parque de estacionamento na cave, com 75 lugares que, para já, vai estar aberto apenas nos dias dos espectáculos mas posteriormente irá servir de apoio ao Centro de Inovação e Desenvolvimento e ao edifício da autarquia, quando entrarem em funcionamento.
Fonte: Observatório do Algarve