"Esta é a primeira vez que Portugal, através da cidade de Lisboa, se une ao apelo mundial lançado pela WWF para apagar as luzes pela Hora do Planeta", explicou à Lusa Ângela Morgado do WWF Portugal, um fundo mundial para a conservação da natureza.

Lisboa vai ser uma das 742 cidades do Mundo, "de uma ponta à outra do Globo" de 75 países, a aderir ao apelo que começou há três anos na cidade australiana de Sidney e que no ano seguinte se alargou a 371 cidades de todo o Planeta.

"É muito bom que Lisboa faça parte dessa lista. No ano passado alguns portugueses aderiram e desligaram as luzes, mas a título individual. Este ano a Câmara de Lisboa também aderiu, o que é fantástico", comentou Ângela Morgado.

O município de Lisboa, através de fonte do gabinete do presidente da Câmara, disse à Lusa não estar ainda decidida a totalidade de locais da cidade que vão apagar as luzes por uma hora no dia 28 deste mês, mas a WWF confirma já alguns desses locais.

"Entre as 20:30 e as 21:30, da noite de 28 de Março, o Cristo-Rei, assim como a Ponte 25 de Abril, o Palácio de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão das Descobertas, o Castelo de São Jorge, os Paços do Concelho e o Museu da Electricidade vão ficar apenas iluminados pela luz das estrelas", refere a WWF.

O Centro Cultural de Belém (CCB) assinala também a Hora do Planeta, mas desligando as luzes apenas por 15 minutos por causa de um espectáculo já agendado.

"Esperamos este ano envolver cerca de mil milhões de pessoas de mil cidades de todo o mundo", disse Ângela Morgado.

Fonte: LUSA

No âmbito do processo de requalificação da Frente Ribeirinha, e enquadrado na intervenção arqueológica em curso, acaba de ser encontrado em Lagos o cais da ribeira com cerca de 400 anos, refere o Município de Lagos e a empresa de arqueologia responsável pelos achados, num comunicado de imprensa conjunto enviado hoje.

Os arqueólogos indicam que a estrutura identifica um momento mais antigo da utilização, "da época moderna (século XVII)", e um outro momento que esteve em funcionamento até aos anos 40 do século XX.

Os historiadores defendem que os achados inseridos numa área urbana de "importante dimensão histórica" devem ser preservados para "memória" e "identidade histórica da cidade".

Durante as descobertas arqueológicas foram ainda identificadas duas portas de acesso à cidade e que se encontravam ilustradas na planta elaborada em época moderna por Alexandre Massai (século XVII) e a muralha existente entre o Palácio dos Governadores e a Messe Militar.

Estas intervenções arqueológicas tiveram a participação da população local, nomeadamente dos mais idosos, que disponibilizaram, inclusive, fotografias antigas da zona, essenciais para a compreensão da área em questão.

A cidade de Lagos tem em curso um processo de renovação urbana que visa a requalificação da frente ribeirinha e a criação de cerca de 900 lugares de estacionamento, através de dois novos parques subterrâneos - Parque da Avenida/Frente Ribeirinha e Parque da Cidade/Porta da Praça de Armas -,cujo investimento público-privado é de cerca de 15 milhões de euros.

Fonte: Observatório do Algarve