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Nov08

495: Faça-se justiça a Olhão!

Tempo no Algarve

Já se começou a fazer justiça ao povo de Olhão e ao seu papel na luta contra as tropas napoleónicas, em princípios do século XIX. Especialistas vindos de vários pontos do país e até de Espanha deram o seu contributo para dar a conhecer melhor o Portugal do tempo das invasões francesas, num Congresso histórico que decorreu em Olhão, no passado fim-de-semana.


Apesar da perspectiva ser nacional, houve um enfoque especial no Algarve, nomeadamente em Olhão, cidade que acolheu e promoveu o evento. Um dos objectivos assumidos pela organização foi, precisamente, deixar bem clara a importância que os olhanenses tiveram na luta contra os invasores franceses.



Um reconhecimento que, segundo o coordenador científico do congresso António Rosa Mendes, não é imediato, mas que tem agora melhores hipóteses de surgir.



«Talvez seja o início da reparação de uma injustiça histórica. Não tem sido devidamente salientado que o povo de Olhão, em 1808, sustentou sozinho, durante pelo menos três dias, a revolta contra os ocupantes franceses», considerou o professor universitário, no final do evento.



Ao longo dos dois dias de palestras, tomaram a palavra alguns dos mais conceituados historiadores portugueses. José Horta Correia e Joaquim Romero Magalhães foram apenas dois dos muitos oradores que deram o seu contributo para fazer o enquadramento histórico, social, económico, cultural e político do país, à época.



Um ponto que acabou por ficar claro foi que em Junho de 1808, com armas vindas de Espanha, mas com uma bravura que veio da alma olhanense, uma cidade se elevou contra o jugo das tropas napoleónicas. O facto de praticamente toda a população se ter juntado ao levantamento é muito frisado por Rosa Mendes, já que isso distinguiu a revolta de Olhão de outras que a precederam ou seguiram.



Apesar da tendência que temos, dois séculos depois, de olhar a ocupação por parte das tropas napoleónicas como uma invasão, ela não o foi verdadeiramente. Houve da parte das autoridades portuguesas de então um «colaboracionismo» com os ocupantes e a recepção e acomodação das tropas francesas foi mesmo acautelada pelos responsáveis políticos.



Em Faro, a situação não foi diferente e os franceses foram recebidos sem contestação, em Fevereiro de 1808. Na altura, Olhão lutava pela separação do concelho de Faro e não granjeava a simpatia dos nobres farenses.



Talvez por isso, os seus habitantes, que viviam essencialmente da pesca, mas que também se dedicavam ao comércio, foram fortemente penalizados, com a obrigação de pagar taxas elevadas pelas suas actividades económicas e de dar um extra para sustentar a guarnição francesa instalada em Faro.



Terá sido esta situação que levou a insatisfação a crescer, culminando na revolta de dia 16 de Junho de 1808. Até dia 19 à tarde, altura em que um grupo de farenses se revoltou, os olhanenses resistiram sozinhos. A ira francesa foi, entretanto, aumentada, com o recontro de dia 18 de Junho, na Ponte de Quelfes, onde foram mortos mais de uma dezena de soldados de Napoleão.



Estes actos e a perseverança dos olhanenses, que, na noite de dia 18, após aceitarem parlamentar com uma delegação de nobres vinda de Faro, se recusaram a aceitar a rendição por eles proposta, não constam nos livros de história portugueses. Normalmente «é uma nota de rodapé», quando não é simplesmente esquecida.



Mas, como os olhanenses, acreditam muitos, ainda hoje mantêm as mesmas características que os levaram a unir-se contra os franceses, é de esperar que não deixem de reivindicar o seu lugar na história.



Como lembraram vários dos oradores, a sociedade que se criou em Olhão nos séculos XVIII e XIX era marcadamente liberal. O que começou por ser um aglomerado de algumas dezenas de cabana cedo cresceu para uma pequena aldeia de 150 casas.



Só a proibição das autoridades farenses impediu que tivessem surgido casas de alvenaria mais cedo. «Em Olhão, vive gente rica em cabanas», dizia um historiador da altura.



Assim, criou-se em Olhão uma sociedade sem classes, ainda que com distinções de nível e qualidade de vida. A raiz popular do lugar levou a que mesmo os mais abastados não tivessem títulos nobiliárquicos, o que ajudava ao espírito de comunidade.



A realidade de Olhão, no início do século XIX, remete, em grande medida, para o mesmo espírito que se viveu nas comunas de Paris, após a Tomada da Bastilha. Rosa Mendes, com um sorriso, não deixa de sentenciar que em Olhão, «o feitiço virou-se contra o feiticeiro».


 


Fonte: Barlavento Online

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