429: Chuvas: Inundações afectam 12 famílias em Olhão e provocam 88 ocorrências em 12 concelhos
As chuvas intensas registadas hoje em todo o Algarve provocaram 78 inundações, com pelo menos 12 famílias de Olhão a serem afectadas pelas inundações, mas a Segurança Social está a acompanhar os casos, adiantou o autarca olhanense.
Entre as 07:00 e as 16:00 de hoje, a chuva provocou 78 inundações no Algarve, quatro acidentes rodoviários com cinco feridos, três quedas de árvores, dois deslizamentos de massa e a queda de um painel de publicidade em Faro, indicou o Comando Distrital de Operação de Socorros (CDOS).
Neste total de 88 ococrrências derivadas das chuvas intensas, o auxílio à população foi prestado por 300 bombeiros, 430 agentes da protecção Civil e 157 veículos, indicou ainda o comandante Vaz Pinto.
A chuva intensa assolou esta madrugada e manhã os 16 concelhos algarvios, apenas quatro - Alcoutim, Vila do Bispo, Castro Marim e Monchique - é que não registaram inundações, porque nos restantes 12 concelhos houve necessidade da Protecção Civil entrar em acção para auxiliar, adiantou Vaz Pinto.
Olhão e Albufeira foram dois dos concelhos que mais sofreram com a instabilidade meteorológica.
Em Olhão a altura mais crítica neste fim-de-semana foi sábado de manhã com 12 famílias a serem afectadas pelas cheias e com o corte de caminho de ferro entre Moncarapacho e Fuzeta durante algumas horas, adiantou à Lusa o autarca de Olhão, Francisco Leal, referindo que estão a ser tomadas todas as medidas para ajudar a população afectada, nomeadamente com a Segurança Social.
Hoje em Olhão, apesar da chuva se manter foi mais moderada e mesmo com os ribeiros cheios não se identificaram acidentes com gravidade, acrescentou o autarca.
A baixa de Albufeira já havia sofrido várias inundações a semana transacta, tendo voltado a registá-las hoje.
Uma das causas para as inundações deve-se aos facto dos solos terem ficado saturados de água e como não deixaram de conseguir reter a água, deram-se inundações, explicou o comandante Vaz Pinto, referindo que o alerta amarelo accionado no Algarve significa que todos os agentes da Protecção Civil estão em alerta.
Antes do alerta máximo máximo - vermelho - ainda há o alerta laranja.
O Instituto de Meteorologia difundiu, por seu turno, o "aviso laranja" (azul, amarelo, laranja e vermelho) na região, o que significa que a "situação meteorológica de risco moderado a elevado", ou seja, uma precipitação situada entre os 20 e 40 milímetros por hora, com as rajadas de vento que podem atingir os 130 quilómetros por hora (km/h) e uma velocidade média do vento entre os 70e 90 km/h.
O aviso vermelho, o mais grave, significa "situação de risco extremo".
As temperaturas no Algarve rondam esta tarde os 18 graus centígrados de mínima e os 22 de máxima, segundo fonte do sítio da Internet do Instituto de Meteorologia (IM).
Para segunda-feira, o IM não prevê nenhuma situação de risco nem para o Algarve, e para a zona de Faro prevê-se a continuação de aguaceiros e vento moderado com temperaturas entre os 19 e os 24 graus e a mesma previsão para Sagres, com temperatura máxima a baixar para os 22 graus.
Segundo o comandante do CDOS em Faro, o alerta amarelo vai manter-se até segunda-feira à meia-noite.
Para terça-feira o céu limpo regressa.
Fonte: LUSA