Segundo fonte da empresa Águas do Algarve, responsável pela estação que trata a maior parte das águas residuais de Faro (ainda que localizada junto a Olhão) as aves poderão ter sucumbido a uma doença chamada botulismo, embora só os exames que estão a ser realizados aos animais possam revelar qual a causa das mortes.
Desde há quinze dias até meados da passada semana foram contabilizadas cerca de noventa aves mortas, tendo segunda-feira sido removidas mais algumas dezenas, acrescentou a Águas do Algarve.
Alguns dos exemplares são enviados para análise e outros para uma estação de incineração em Beja, disse a mesma fonte, remetendo mais pormenores sobre as causas para quando se obtiverem resultados.
A situação já não é nova, segundo a mesma fonte, embora a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Faro Nascente, onde foram detectadas as mortes, só seja explorada pela empresa desde Abril do ano passado.
A ETAR em causa é apelidada de estação de lagunagem, o que significa que funciona com base em baixa tecnologia e sem recurso a equipamentos ou produtos químicos, acrescenta a Águas do Algarve.
Situa-se entre Faro e Olhão, junto à Lagoa dos Salgados e é a estação responsável por tratar a maior parte das águas que abastecem a capital algarvia.
A situação está a ser acompanhada por técnicos da Câmara de Faro, Parque Natural da Ria Formosa (PNRF), Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG) e CCDR/Algarve.