310: Caos está instalado no Algarve (síntese)
Bombas fechadas, dezenas de carros avariados ou sem combustível na Via do Infante, pessoas a pé na auto-estrada e supermercados fechados são apenas alguns dos reflexos da paralisação dos camionistas.
A situação provocada pela greve dos camionistas está a parar muitas das principais cidades do Algarve, à semelhança do resto do país.
Muitas são as pessoas que ainda tentam correr às bombas para abastecer, mas muitas não estão a conseguir, pois o combustível já acabou na generalidade dos postos.
O «barlavento» conseguiu abastecer o depósito numa bomba de Tavira, onde estavam cerca de 40 outros automóveis, mas demorou uma hora, sendo que nesta cidade já se encontra fechada, sem uma gota de combustível, a BP.
As bombas da cidade de Olhão também já não têm quase combustível e na estação de serviço da Cepsa, na A22, em Olhão, às 16 horas, havia filas com oito a dez automóveis em cada linha de abastecimento.
A maioria dos veículos que estão a tentar abastecer são carros de empresas, nomeadamente o da Euroscut.
Uns quilómetros mais à frente, na estação de serviço de Loulé, já não havia uma única gota de gasóleo de ambas as qualidades.
Nas estradas, diversos piquetes de grevistas estão situados em alguns pontos da região, como na Estrada Nacional 125, em Olhão, junto ao parque de campismo.
A situação repete-se no nó de Tavira da A22 ou na última saída da mesma via, no sentido Este-Oeste.
Nas principais cidades do Algarve, como Faro, Olhão e Portimão, as corridas às bombas de combustível estão a dificultar o trânsito.
Em Faro, às 15 horas, ainda havia algum combustível nas principais bombas, enquanto em Olhão, as idas às bombas provocaram um trânsito caótico em plena EN 125.
Na cidade de Portimão já não existe combustível nas bombas da V6, bem como nas que se situam perto da rotunda das Cardosas.
A única que se encontrava a funcionar era a da Repsol, junto à Zona Ribeirinha. No entanto, a fila era extensa, chegando quase a entupir toda a avenida.
O «barlavento» apurou junto de alguns automobilistas que a situação era idêntica em Silves, Lagoa e Lagos.
Entretanto, entre os nós de Olhão e Albufeira, o «barlavento» contou pelo menos quinze automóveis parados em plena Via do Infante.
Devido à greve dos rebocadores, os automobilistas não conseguem obter qualquer tipo de assistência, não tendo outro remédio senão «fazer-se ao caminho a pé».
Segundo informação adiantada pela RFM, há cerca de uma dezena de automóveis parados entre Lisboa e o Algarve, nas bermas da A2.
Encontram-se, também, camiões de mercadorias parados nas estações de serviço ao longo da Via do Infante.
Entretanto, o barlavento.online apurou que o supermercado Pingo Doce de Tavira já encerrou por falta de mercadorias.
No Continente de Portimão (centro) também já não há bens essenciais de consumo.
Fonte: Barlavento Online