O ministro do Ambiente, Nunes Correia considerou esta sexta-feira que o Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico, é um dos maiores investimentos efectuados em Portugal nos últimos anos em termos de política ambiental.
“É um dos maiores e mais importantes investimentos dos últimos anos”, disse o governante durante a cerimónia do lançamento da primeira pedra daquele centro reprodutor, implementado na Herdade da Santinha, no concelho algarvio de Silves.
Segundo o ministro, Portugal “está a conseguir níveis de investimento para a política do ambiente nunca alcançados”, classificando como “a semana de ouro para a conservação da natureza”, as medidas aprovadas quinta-feira, em Conselho de Ministros.
“É um Regime Jurídico que vem trazer disposições legais na política do ambiente”, observou o governante.
Para o ministro do Ambiente, a criação do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico, assume “um significado especial pessoal, porque contribuiu para evitar a extinção do felino mais ameaçado do mundo”.
“Muitas palavras foram ditas, mas este é o primeiro acto concreto para salvar uma das espécies em risco da Península Ibérica”, sublinhou o ministro, acrescentando que “o lince é uma questão emblemática que se discute há mais de 30 anos”.
O Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico ficará implementado na Herdade das Santinhas, no concelho de Silves, num espaço de 150 hectares, e é uma das medidas compensatórias impostas pela União Europeia para a construção da Barragem de Odelouca.
O centro reprodutor, com capacidade para 16 felinos, engloba vários edifícios, prevendo a empresa Águas do Algarve, entidade gestora do espaço, a conclusão das obras em Janeiro de 2009.
Os primeiros animais cedidos pelo centro reprodutor de Donaña, na Andaluzia espanhola, deverão chegar a Silves, no decorrer do próximo ano.
O ministro do Ambiente classificou de “muito importante” o apoio de Espanha na implementação deste projecto em Portugal, destacando que “sem aquele país, isto não seria possível”.
Fonte: LUSA