189: EN125: Mais de 400 mil vão beneficiar com as obras
A obra de requalificação da Estrada Nacional 125 vai beneficiar mais de 400 mil pessoas. Saiba mais aqui.
O Governo lança no domingo o concurso para a concessão Algarve Litoral, destinada à requalificação da Estrada Nacional 125, uma obra que vai beneficiar mais de 400 mil pessoas.
A obra, que ficará a cargo da Estradas de Portugal em regime de parceria público-privada, vai proceder à requalificação de 157,5 quilómetros, à construção de 29,5 quilómetros e à conservação de 86 quilómetros, numa extensão total 273 quilómetros.
"Esta concessão só é possível graças ao novo modelo de gestão do sector rodoviário, que permitiu a definição de uma nova estratégia de integração e concentração dos investimentos, ao invés do que sucedia anteriormente, em que as intervenções eram parcelares, faseadas, pontuais e diluídas no tempo", refere o Ministério das Obras Públicas, tutelado por Mário Lino.
Deste modo, esta será a primeira concessão rodoviária de uma estrada nacional e "o primeiro projecto de requalificação envolvendo a via em toda a sua extensão".
A Concessão Algarve Litoral abrange 14 concelhos algarvios - Vila do Bispo, Lagos, Monchique, Portimão, Silves, Lagoa, Albufeira, Loulé, Faro, S. Brás de Alportel, Olhão, Tavira, Vila Real de Santo António e Castro Marim -, o que corresponde a uma população local de "mais de 400 mil pessoas".
Esta intervenção visa também "promover uma requalificação urbana e paisagística" de todo o traçado da EN125, que "é o cartão de visita de toda a região Algarvia", actuando "ao nível da limitação das velocidades de circulação na travessia das zonas urbanas, aumento da fluidez do tráfego e melhoria da segurança rodoviária, com especial incidência na protecção de peões".
Está também prevista a construção de novas variantes, de forma a retirar o tráfego dos aglomerados urbanos, tendo como objectivo "a melhoria de qualidade de vida das populações".
A requalificação da EN 125 foi aprovada na quarta-feira em Conselho de Ministros.
Na altura, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, garantiu que não está prevista a introdução de portagens na Via do Infante.
Fonte: Observatório do Algarve
Requalificação da EN125 custará 150 milhões de euros
O primeiro-ministro José Sócrates lança no domingo o concurso para a requalificação da Estrada Nacional-125, no Algarve, um investimento de 150 milhões de euros, que visa reduzir em 35 por cento a sinistralidade naquela via.
De acordo com a informação divulgada hoje pelo Ministério das Obras Públicas, a nova concessão Algarve Litoral procederá à requalificação e reordenamento da via Estrada Nacional (EN) 125.
Com uma extensão total de 273 quilómetros, a Concessão Algarve Litoral representa um investimento "de cerca de 150 milhões de euros", que irá servir 14 concelhos algarvios e uma população de "mais de 400 mil pessoas".
Com a concretização deste projecto, o Governo prevê reduzir o número de mortos na EN-125 em "cerca de 35 por cento", através "da eliminação total dos pontos negros existentes (zona da Guia, Patacão, Faro, Olhão, Patã e Altura) e redução da sinistralidade grave".
Entre 1998 e 2007, refere o Ministério das Obras Públicas, "a EN-125 foi a segunda estrada onde, não só ocorreram mais acidentes com vítimas mortais mas também, onde se registaram mais vítimas mortais, cerca de 290".
"Nesse mesmo intervalo de tempo, o número médio de acidentes com vítimas mortais foi de 27 acidentes por ano, e o número de vítimas mortais foi de 29 mortos por ano", precisa o Ministério tutelado por Mário Lino.
A intervenção na EN 125 visa também melhorar as condições de circulação rodoviária através da construção de rotundas, de variantes e da requalificação do pavimento, o que permitirá "ganhos médios de 12 por cento nas deslocações de média e curta distância, correspondendo a uma poupança anual de 2,6 milhões de horas".
Fonte: LUSA
Mendes Bota acusa Governo de preparar portagens na A22 para pagar requalificação da EN125
O presidente do PSD/Algarve Mendes Bota acusou hoje José Sócrates de lançar a requalificação da EN125, já no próximo domingo, para introduzir portagens na Via do Infante (A22).
Falando numa conferência de imprensa em Faro, durante a qual fez o balanço dos três anos de Governo socialista, o líder social-democrata algarvio disse que a requalificação da EN125, para a qual "não há verba no Orçamento de Estado" será a contrapartida do concessionário das futuras portagens da A22.
"Os algarvios que se desiludam, que vão carregar com portagens na Via do Infante", asseverou Mendes Bota, também vice-presidente da direcção nacional presidida por Luís Filipe Menezes.
O também deputado evocou palavras alegadamente proferidas pelo actual ministro das Obras Públicas, Mário Lino, em sede de comissão parlamentar, segundo as quais a imposição de portagens na A22 "era fatal como o destino".
Domingo, o primeiro-ministro estará no concelho de Portimão, Algarve, para lançar a concessão do Algarve Litoral, com o projecto de recuperação da EN125.
No entanto, José Sócrates já garantiu que a intervenção na EN125 não implica que a A22 passe a ter portagens.
Na conferência de imprensa de hoje, Bota de ter feito "muito pouca obra" e ter protagonizado "muito pouca acção" nestes três anos, pelo que, considerou, a agenda do Governo é "uma agenda muito poucochinha".
Num documento de 24 páginas distribuído aos jornalistas, o PSD/Algarve discorre sobre vários aspectos da política governativa, para concluir - na voz de Mendes Bota - que "nunca houve tanta passeata de membros do Governo ao Algarve como agora mas nunca tão pouco foi feito na prática".
O PSD acusa o Governo PS de "não ter dado um único passo a favor da Regionalização", apesar de o ter prometido "para logo depois das eleições".
"De repente, o imediato passou a ser as calendas de 2012", considerou o líder social-democrata algarvio.
Sobre a construção do novo Hospital Central do Algarve, lembrou que o calendário dos sociais-democratas passava pela conclusão da unidade em 2009, mas que, "passados três anos e provavelmente mais um ano de Governo socialista não haverá nem um tijolo erguido".
De resto, considerou que nas obras públicas se viveram "três anos de esquecimento e de atraso", com o Governo a investir apenas 95,2 milhões de euros no Algarve, contra 262,2 milhões em 2005.
Sobre o novo Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROTAL), considerou-o "uma oportunidade perdida", criticando as regras de atribuição dos PIN (Projectos de Interesse Nacional), que são "criados não importa onde".
A indústria, classificou, "é o parente pobre da economia regional", as pescas estão numa situação de "total asfixia", há "um divórcio" face à agricultura e ao interior da região e no Turismo, apesar do reconhecido crescimento do sector, há "falta de visão estruturante".
De um conjunto de 16 áreas analisadas, todas com nota negativa para o Governo, considerou que a Cultura no Algarve "não existe" e que as políticas de desporto e juventude são "um imenso deserto".
Fonte: Lusa