184: Viveiros: Produção em mar aberto na região.
Corrida à criação de peixe
A corrida à concessão de áreas para a produção de peixe e marisco em mar alto, ao largo do Algarve, promete ser renhida. Segundo apurou o CM, 18 empresas já apresentaram projectos, propondo-se produzir anualmente mais de 13 mil toneladas de peixe – o que permitiria quase duplicar a actual produção portuguesa em viveiro (agora, de cerca de 7 mil toneladas).
Segundo apurou o CM, a zona da Armona, em Olhão, é a que desperta, por enquanto, maior interesse dos investidores. Quinze projectos já deram entrada na Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura. Os investidores pretendem produzir em jaulas colocadas a poucas milhas da costa algarvia sargos, corvinas, pargos, linguados, douradas, robalos, mexilhão, ostras, vieiras e amêijoas. No Barlavento, as áreas a concessionar situam-se ao largo de Portimão/Lagoa e existem, para já, três investidores interessados: um pretende dedicar-se à produção de mexilhão, outro à de ostras e vieiras e o terceiro à de robalos e douradas. O Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) instalou, há já algum tempo, Estações Piloto de Aquicultura em Olhão, que permitem efectuar ensaios de produção à escala pré-concorrencial. Estão estabelecidos quatro protocolos com empresários de piscicultura que visam o cultivo de dourada, sargos e linguados (estes últimos em tanques de terra). A produção final está estimada em cerca de 180 toneladas por ano. OSTRAS SEGUEM PARA FRANÇA O cultivo de ostras em mar alto começou a ser desenvolvido no Algarve, ao largo de Sagres, há 12 anos, ocupando actualmente uma área de 18 hectares. A produção anual ronda as 220-250 toneladas e o destino é o mercado francês. O sucesso obtido (a procura é maior do que a oferta) está a motivar o interesse de novos investidores. A Câmara de Portimão já deu parecer favorável a um dos projectos (o primeiro a dar entrada na autarquia), que prevê a produção de ostras, vieiras e mexilhão numa área de 100 hectares, a cerca de quatro milhas da costa. O investimento ronda os 800 mil euros no mar e mais 700 mil para a compra de um barco-fábrica. A ideia é evoluir para além das exportações para França e começar a conquistar quota de mercado em Portugal. |
Fonte: Correio da Manhã