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Abr09

658: Algarve pensa como gerir a água

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A questão da escassez de água é um dos pontos identificados no documento que serve de base à discussão pública do Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Algarve (PGRHA), que se prolonga até Julho.


 



A Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve realizou hoje em Faro uma sessão pública inserida nesta fase do processo, no qual estão a ser analisadas as Questões Significativas sobre a Gestão da Água, explicou o vice-presidente, Paulo Cruz.


 


 


"Esta foi uma sessão integrada no processo de participação pública no âmbito da elaboração do PGRHA, que teve duas partes, uma de manhã, de discussão pública mais alargada, e outra de tarde, com um fórum participativo em que foi dada a oportunidade aos diferentes actores na gestão da água, de poderem participar e fazer sugestões focalizadas nos problemas chamados Questões Significativas sobre a Gestão da Agua", afirmou Paulo Cruz.


 


 


O vice-presidente da ARH do Algarve precisou que estas questões terão de obter respostas no desenvolvimento do Plano, que "no final, terá de propor um conjunto de medidas para resolver os problemas".


 


 


Paulo Cruz sublinhou que "para o caso do Algarve, foram identificadas 10 questões mais relevantes, que são os problemas que existem para ser cumprida a Directiva Quadro da Água, transposta para a legislação nacional pela Lei da Água".


 


"Para que possamos ter bom estado ecológico das águas em 2015 quais são os problemas? Essas dez questões foram as identificadas como as mais pertinentes e mais importantes e prendem-se com questões desde a biodiversidade, o estado das linhas de água, a escassez da água, riscos de inundação, qualidades de água superficial e subterrânea, intrusão salina", adiantou.


 


 


Paulo Cruz disse que "há um conjunto de questões que se prendem muito com as aspectos ambientais do estado dos recursos hídricos, do risco para as populações e da disponibilidade da água, a escassez, que assume para todos uma preponderância em termos de preocupação, porque ao fim e ao cabo é uma questão de sobrevivência".


 


 


O vice-presidente da ARH considerou que "o Algarve tem recursos hídricos em quantidade em situação média" e "o problema da escassez resulta essencialmente de uma variação inter-anual, com períodos de seca mais ou menos prolongados".


 


 


"Se numa situação média não temos problemas e podemos melhorar a eficácia em alguns sistemas, dando-nos mais garantias, em períodos de escassez e seca, como em 2005, ficamos na perspectiva de ter dificuldades de abastecimentos e de garantir água para rega", sublinhou.


 


 


Paulo Cruz recordou que nessa altura "a seca circunscreveu-se a um ano e no ano seguinte houve alguma reposição, mas se porventura 2006 tivesse sido mais seco poderia ter havido problemas".


 


"Há essa probabilidade de virmos a ter problemas e para minimizar esse risco temos de aumentar as garantias, ou aumentando as reservas ou melhorar a eficácia do sistema e a racionalização dos consumos", afirmou.


 


 


O responsável da ARH disse que no documento agora em discussão "a questão da escassez foi tratada sem a barragem Odelouca, embora se soubesse que será uma realidade porventura ainda antes do fim do ano e começará a encher de forma gradual".


"Odelouca vem-nos aumentar a garantia de disponibilidade de água e faz-nos a regularização inter-anual, armazenando nos anos mais chuvosos para os anos mais secos. Neste momento a capacidade de regularização é muito curta. Conseguimos gerir a um ano, ano e meio, dois anos, mas se houver um período, como já houve no passado, de dois, três, quatro anos secos, a situação torna-se muito mais complicada", reconheceu.


 


Fonte: Observatório do Algarve



 

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