535: Centrais de biomassa reduzem risco de incêndio e contribuem para o ordenamento florestal
A recolha da biomassa florestal residual, desde cascas a ramos e copas de árvores, “não só reduz o risco de incêndio como servem de ‘alimento’ às próprias centrais”, explicou à Lusa fonte da EDP.
Segundo o porta-voz da empresa, que está a construir duas novas centrais a biomassa, “ao processar-se a recolha da biomassa florestal residual diminui-se a sua acumulação nas matas, pelo que se reduz o risco de incêndio florestal”.
Além disso, “as centrais de biomassa estão também a ajudar a criar mais valor e emprego nas zonas rurais”, acrescentou.
A empresa tem apostado neste sector até porque, “Portugal tem uma extensa área florestal” e estas medidas podem ajudar ao seu ordenamento.
“Passando a existir, com esta rede de centrais, compradores para os despojos de exploração florestal, um pouco por todo o país, contribuiremos para um efectivo incremento dos trabalhos de limpeza florestal, integrando essas tarefas nos trabalhos de exploração florestal habitualmente executados”, considera a empresa
Segundo a mesma fonte, os resíduos não têm “qualquer valor comercial para a indústria transformadora de madeira” mas estes equipamentos vão permitir que os trabalhos de exploração florestal sejam “alargados a outras actividades produtivas, criando-se mais valor e emprego nas zonas rurais”.
“As centrais de biomassa florestal residual desempenham um papel ímpar na ajuda ao ordenamento florestal e do território, por possibilitarem o escoamento, ordenado e ambientalmente correcto, de um combustível endógeno e renovável que, ao não ser tratado de forma adequada, é fonte de graves perturbações ambientais, e afecta sobremaneira a segurança de pessoas e bens”, sustenta a empresa.
Por outro lado, “a limpeza dos povoamentos florestais melhora ainda a capacidade e rapidez de intervenção de meios de ataque a incêndios florestais”, quando os mesmos se revelarem necessários.
As centrais termoeléctricas a biomassa florestal residual estão projectadas para operarem por dezenas de anos pelo que a empresa destaca também o seu impacto do “ponto de vista social, com a criação de emprego sustentado em áreas rurais, onde a escassez de emprego se nota de forma notória”.
“Acresce que a transformação de biomassa florestal em electricidade é neutra quanto ao aumento do efeito de estufa, melhorando o ambiente e ajudando a preservar o Planeta”, conclui a empresa.
Fonte: Barlavento Online