509: Ria Formosa: há 200 construções nos ilhotes
Primeira fase do levantamento das casas e apoios de pesca na Ria Formosa termina hoje. Agora, falta ver o que é para demolir.
Fica hoje concluída a primeira fase da inventariação das construções na Ria Formosa, que esteve a cargo de uma empresa privada, a CERAT. Segundo o estudo, a maioria das construções nos ilhotes são apoios de pesca e de mariscar, e só numa fase seguinte será feito o levantamento das habitações, nomeadamente na Culatra, Ilha de Tavira e Praia de Faro.
Para a próxima semana, o levantamento incidirá já no núcleo da Culatra, durante um período de 180 dias. Até aqui, as equipas de inventariação visitaram os ilhotes das Ratas, Cobra, Ramalhete, Coco e Altura, bem como os dois núcleos de construções que existem na ilha Deserta. Os núcleos de Coco e Ratas são os que têm maior número de construções, cerca de 60 e 40, respectivamente.
O número preciso de residentes só deverá ser fixado após a entrega de alguns documentos em falta e detalhada análise a empreender posteriormente.
A totalidade dos residentes nos ilhotes são pescadores, que de acordo com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) entre Vilamoura e Vila Real de Santo António deverão ser realojados antes da renaturalização daqueles espaços naturais.
Após esta fase, os trabalhos de campo prosseguirão na ilha de Tavira e Praia de Faro, provavelmente a 9 e 15 de Dezembro e a 5 de Janeiro. A empresa fará o inventário das construções, bem como a caracterização da população residente e as actividades económicas existentes nos núcleos.
Entre outros dados, pretende-se saber as características da construção em causa, o tipo de utilização que lhe é dada, qual a actividade dos seus ocupantes e se possui ou não embarcação. Os dados recolhidos serão posteriormente cruzados com outros elementos identificativos, a nível fiscal, predial e outros.
Qualquer morador ou proprietário poderá também, à margem do estudo, dirigir-se à sede do Parque Natural da Ria Formosa, no Centro de Educação Ambiental de Marim (concelho de Olhão), onde estará instalado um centro de atendimento apto a prestar esclarecimentos e a recolher documentos.
Fonte: Observatório do Algarve