573: Alerta amarelo continua no Algarve
A Protecção Civil vai alargar até ao meio-dia de segunda-feira o alerta amarelo (segundo de uma escala de quatro) no distrito de Faro, devido ao mau tempo.
No Algarve pode haver um agravamento do tempo ao final do dia", explicou à Lusa Patrícia Gaspar, adjunta de operação nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Poderão registar-se chuvas e vento fortes, assim como ondas que poderão atingir os seis metros, razão pela qual o alerta amarelo se vai prolongar mais tempo do que no resto do país.
No resto do território o alerta deverá ser levantado a partir da meia noite."Os episódios de mau tempo desta madrugada já acabaram, segundo o Instituto de Meteorologia, embora seja possível alguns episódios de trovoada e precipitação.
Patrícia Gaspar adiantou que as previsões meteorológicas indicam que segunda-feira haverá um "desagravamento" das situações meteorológicas adversas, embora hoje ainda possam ocorrer trovoadas e precipitação em vários locais do país.
Esta previsão, explicou, levou a protecção civil a decidir manter até às 00:00 o alerta em todo o país, o que já estava prevista, e apenas alargá-lo até ás 12:00 no distrito de Faro.
Inundações e barcos encalhados
Albufeira e Faro mais atingidas
O mau tempo registado hoje de madrugada no Algarve provocou 43 quedas de árvores, sete veículos danificados e algumas inundações, mas não houve vítimas, disse à Lusa fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
Além das árvores, as rajadas de vento entre os 70 e 90 quilómetros hora provocaram ainda a queda de 18 estruturas em toda a região, um despiste de um automóvel em São Brás e obrigou a câmara de Faro, segundo fonte da autarquia, a retirar a areia que invadiu o único acesso à praia de Faro.
"Não classificámos nada com muita gravidade. Desde as 08:00 registaram-se 43 quedas de árvores, sete provocaram danos em veículos, cinco inundações, nos concelhos de Lagoa, Albufeira, Faro e Loulé, 18 quedas de estruturas e um despiste de um carro em São Brás, mas não houve vítimas", disse a fonte do CDOS.
A autoridade marítima da região também considerou, em declarações à Lusa, que a madrugada decorreu sem grandes problemas, apesar da ondulação de seis metros que se registou na costa algarvia.
"As situações mais preocupantes foram as da Praça do Mar, em Albufeira, e na Praia de Faro, mas não houve problemas de maior. A ondulação poderia ter rompido a ilha, mas criou-se uma barreira natural a cerca de 100 metros da costa que retirou força às ondas que chegavam a terra", precisou o comandante da zona marítima do Sul, Reis Ágoas.
A mesma fonte adiantou que "houve embarcações que sofreram com o temporal", como "uma de 30 metros que encalhou em Ferragudo e está a ser desencalhada" e "outra de 13 metros que ficou bastante danificada".
"Na Ria Formosa houve ainda oito ocorrências de pequenas embarcações que afundaram e estão a ser identificadas e houve um iate de oito metros que está encalhado em Tavira, onde também três pequenas embarcações afundaram", acrescentou.
No concelho de Faro, a autarquia adiantou que está a remover a areia que o vento levou para o acesso à ilha de Faro, situação que se juntou a quatro quedas de árvores e quatro de estruturas, duas quedas de muro e chapas e um abatimento de pavimento que levou ao encerramento da rua Serpa Pinto.
"A situação está pacífica, nada de alarmismos. Na ilha de Faro, o vento levantou a areia da duna e alojou-se no único acesso ao local e o município está com os seus meios e máquinas a remover e desimpedir a estrada, até porque este costuma ser um local de passeio aos domingos", explicou o comandante Vítor Afonso, dos Bombeiros municipais de Faro.
A nivel nacional, ao todo foram cortadas 19 estradas e outras 12 foram condicionadas, sendo Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Lisboa, Vila Real, Viseu e Faro as zonas mais afectadas.
Fonte: Observatório do Algarve